Conteúdo publicado há 1 mês

Brasil repudia terrorismo após Estado Islâmico reivindicar ataque na Rússia

O Ministério das Relações Exteriores brasileiro divulgou nota, na noite desta sexta-feira (22), repudiando atos de terrorismo após o ataque em uma casa de shows na região de Moscou, na Rússia, que deixou ao menos 40 mortos e vários feridos. O grupo terrorista Estado Islâmico assumiu a autoria do ataque.

O que aconteceu

Governo brasileiro disse ter tomado conhecimento do atentado "com consternação". A nota ainda expressa condolências aos familiares das vítimas e o desejo de pronta recuperação aos feridos.

"Brasil manifesta sua solidariedade ao povo e ao governo da Rússia e reitera seu firme repúdio a todo e qualquer ato de terrorismo." A nota foi divulgada após o grupo terrorista Estado Islâmico ter assumido a autoria do ataque. O grupo assumiu a autoria em um canal do Telegram. A informação foi divulgada pela agência de notícias Reuters.

Governo afirma que não há notícia de nenhum cidadão brasileiro entre as vítimas do ataque. O Itamaraty ainda informou que o plantão consular da Embaixada em Moscou (no número: +7 903 960-81-48), que funciona no WhatsApp também, está em funcionamento para auxiliar os cidadãos brasileiros em situação de emergência. O plantão consular geral do Itamaraty também pode ser contatado através do telefone +55 (61) 98260-0610.

Estado Islâmico reivindica autoria do ataque

O grupo assumiu a autoria em um canal do Telegram. A informação foi divulgada pela agência de notícias Reuters.

Comunicado diz que criminosos fugiram após ataque a sala de concertos. "Os combatentes do Estado Islâmico atacaram uma grande concentração de cristãos na cidade de Krasnogorsk, nos arredores da capital russa, Moscou, matando e ferindo centenas e causando grande destruição ao local antes de se retirarem em segurança para as suas bases", diz o comunicado.

O governo russo ainda não emitiu comunicado sobre a declaração do grupo terrorista.

Ataque deixou ao menos 40 mortos

Um tiroteio e uma série de explosões no Crocus City Hall, uma casa de shows na região de Moscou.

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Ao menos 40 pessoas morreram, segundo a imprensa russa. Cerca de cinco pessoas com trajes camuflados invadiram a casa de espetáculos e dispararam indiscriminadamente.

Em vídeos publicados nas redes, as pessoas aparecem tentando fugir do prédio. Ao fundo, é possível ouvir metralhadoras. Os relatos começaram a surgir por volta das 20h15 (horário local).

Também foram relatadas explosões, que deixaram o prédio em chamas. Até 100 pessoas podem estar presas no prédio, segundo o canal da Crocus no Telegram.

Centenas de pessoas aguardavam uma apresentação do grupo Picnic quando o ataque começou. Os músicos da banda, porém, não ficaram feridos, relatam os serviços operacionais russos.

O telhado da casa de espetáculos começou a desabar por volta das 20h47. Os bombeiros não puderam iniciar a extinção do incêndio devido à ameaça à vida das pessoas que ainda estão no prédio, informou o site de notícias Fontanka. Helicópteros estão sendo enviados ao local para extinguir o fogo de forma menos arriscada, informou o Diário de Notícias.

Cerca de 50 ambulâncias foram enviadas ao local. O Departamento de Transportes informou que a estação Myakinino, próxima à Crocus, está aberta para entrada e saída de passageiros.

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A Rússia anunciou que abriu uma investigação sobre "atentado terrorista" após o ataque a tiros em Moscou.

Prefeitura de Moscou cancelou todos os eventos públicos deste fim de semana. O governador da região de Moscou, Andrey Vorobyov, foi até o local do ataque: "Fui até o local. Uma sede operacional foi criada. Todos os detalhes virão mais tarde", afirmou, em seu canal do Telegram.

Segunda explosão. Uma segunda explosão foi ouvida na casa de shows, perto de Moscou, local onde já havia ocorrido o tiroteio mais cedo, informaram agências de notícias.

Ucrânia nega envolvimento

A Ucrânia, que está em guerra contra a Rússia, negou envolvimento com o ataque. A Casa Branca corroborou o posicionamento e disse que "não há nenhuma indicação neste momento" do envolvimento ucraniano. A sede do governo dos EUA também disse que as imagens do tiroteio são "horríveis e difíceis de assistir".

O ex-presidente russo Dmitri Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança, disse que o governo "eliminará" líderes ucranianos, caso o envolvimento seja confirmado. "Se ficar estabelecido que se tratam de terroristas do regime de Kiev (...), serão localizados e destruídos sem piedade, como terroristas. Inclusive os dirigentes do Estado que cometeu semelhante atrocidade".

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*Com informações da AFP e da Reuters

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