Biden troca nomes em evento da Otan e cresce pressão por desistência

Esta é a versão online da newsletter De Olho no Mundo. Quer receber antes o boletim e diretamente no seu email? Clique aqui. Assinantes UOL têm acesso à newsletter Para Começar a Semana, colunas, reportagens exclusivas e mais. Confira.

**************

1. Biden troca nomes em evento da Otan e pressão por desistência cresce. Em rara entrevista à imprensa, crucial para demonstrar que está apto para concorrer à Casa Branca, Joe Biden apareceu em melhor forma do que em seu debate catastrófico com Donald Trump, mais assertivo, embora tenha cometido alguns deslizes. Ele confundiu a vice-presidente Kamala Harris com Trump, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, com o russo, Vladmir Putin. Em tom combativo, Biden disse que é o mais qualificado para vencer Trump e argumentou que a gravidade da situação nos EUA exige experiência. Logo após a coletiva, mais dois deputados democratas pediram para que o presidente americano abandone a disputa. Já são 17 deputados e um senador que se declaram contra a candidatura, nos cálculos do The New York Times.

2. Orban se encontra com Trump e diz que o republicano "resolverá o problema" da guerra na Ucrânia. O premiê húngaro, Viktor Orban, que exerce atualmente a presidência da União Europeia, se reuniu com Donald Trump na Flórida, após a cúpula da Otan. Aliado de Moscou e crítico da ajuda militar e financeira da Europa à Ucrânia, Orban declarou ter discutido com Trump "meios de obter a paz" no conflito. Trump tem dito que ele seria capaz de negociar um acordo entre a Rússia e a Ucrânia em 24 horas se for eleito. Isso indicaria, segundo a imprensa americana, que ele cortaria o fornecimento de armas à Ucrânia e pressionaria o país para ceder a Crimeia e o Donbass à Rússia.

3. Jogos Olímpicos de Paris vendem número recorde de 8,6 milhões de ingressos. Segundo o presidente do comitê organizador, esse número ultrapassa o das Olimpíadas de Atlanta, de 1996, até então o mais elevado. A duas semanas do início do evento, novos ingressos de várias modalidades serão colocados à venda e espera-se atingir 10 milhões de entradas. A tocha Olimpíca chegará a Paris neste domingo, data da festa nacional da França, e será entregue ao presidente Emmanuel Macron durante o desfile militar na avenida Champs-Elysées.

4. Dólar paralelo na Argentina atinge novo recorde no governo Milei. A divisa mantém a alta das últimas semanas e chegou a 1.460 pesos na quinta-feira, maior valor nominal histórico. O ministro da Economia, Luis Caputo, afirmou ontem que a Argentina "vai ficar inevitavelmente mais cara em dólares nos próximos doze meses", mas isso não significa, segundo ele, que será mais difícil produzir ou exportar no país. A inflação interrompeu um ciclo de queda que vinha tendo desde a posse de Javier Milei, e voltou a subir em junho. Em 2024, o acumulado chegou a 89%, atingindo quase 273% na comparação sobre os últimos doze meses.

O esqueleto de dinossauro Apatosaurus, chamado "Vulcain", será exibido ao público em um castelo nos arredores de Paris antes de ser vendido. Ele é o maior dinossauro já leiloado na história.
O esqueleto de dinossauro Apatosaurus, chamado "Vulcain", será exibido ao público em um castelo nos arredores de Paris antes de ser vendido. Ele é o maior dinossauro já leiloado na história. Imagem: Stephane de Sakutin/AFP

5. Mercado da Tesla nos EUA cai pela primeira vez para menos de 50%. O grupo de Elon Musk, maior fabricante mundial de carros elétricos, enfrenta uma concorrência acirrada em seu mercado interno, sobretudo de marcas como BMW, Honda e Kia, o que tem pressionado seus preços. As vendas de carros elétricos nos EUA cresceram 11,3% no segundo trimestre na comparação anual, atingindo mais de 330 mil veículos. Em maio, o governo americano quadruplicou as tarifas de importação de carros elétricos chineses, que passaram de 25% para 100% para proteger a indústria americana.

Deu no The New York Times: "A campanha de Biden testa a força de Kamala Harris contra Trump". Assediada por parte do campo democrata, a equipe de campanha sonda discretamente, com pesquisas presenciais, as chances de sucesso da vice-presidente na disputa. É a primeira vez desde o debate com Donald Trump que assistentes de Biden tentam medir como Harris se sairia como cabeça de chapa. Os assessores permanecem convencidos que se Biden tiver de abandonar a corrida presidencial, a única opção para substituí-lo seria a vice. O jornal escreve que grande parte da atenção está voltada para o senador Chuck Schumer, de Nova York, líder da maioria. Ele declarou apoiar Biden, mas sinalizou estar aberto a uma chapa que não seja liderada pelo presidente. Leia mais.

Deixe seu comentário

Só para assinantes