Serviço Secreto negou pedidos de Trump para mais segurança, dizem jornais
O Serviço Secreto dos Estados Unidos negou pedidos da equipe do ex-presidente e candidato à Casa Branca Donald Trump para o republicano ter mais segurança em eventos públicos. A informação é dos jornais norte-americanos Washington Post e New York Times. O governo de Joe Biden nega.
O que aconteceu
Órgão de segurança dos EUA teria negado recursos para ampliar proteção de Trump. Segundo a imprensa norte-americana, essas negativas foram feitas "repetidas vezes" antes do dia que o ex-presidente foi alvo de uma tentativa de assassinato durante um comício na Pensilvânia. Trump ficou com um ferimento na orelha após tiros serem disparados enquanto ele discursava. O atirador, que estava em um telhado próximo ao local, foi morto na hora por agentes do Serviço Secreto.
Serviço Secreto teria se queixado de escassez de pessoal para atender o ex-presidente. O Washington Post diz que ouviu quatro pessoas ligadas ao órgão norte-americano em condição de anonimato e as fontes relataram que o Serviço Secreto não tinha funcionários suficientes para atender os pleitos de Trump. A equipe do republicano teria pedido mais detectores de metais e seguranças para revistar participantes de eventos com o ex-presidente.
Equipe de Trump avalia que autoridades não fazem o suficiente para protegê-lo. Segundo o New York Times, o Serviço Secreto teria negado os pedidos do ex-presidente nos últimos dois anos. Um dia após Trump ser alvo de tiros, o órgão, no entanto, negou essa alegação. "Há uma afirmação falsa de que um membro da equipe do ex-presidente solicitou recursos adicionais e que eles foram rejeitados", disse Anthony Guglielmi, porta-voz do Serviço Secreto.
Governo nos EUA diz que afirmação é "inequivocamente falsa". Em um pronunciamento na semana passada, Alejandro Mayorkas, secretário do Departamento de Segurança Interna, que supervisiona o Serviço Secreto, afirmou que a acusação de que o órgão havia negado pedidos de segurança era "uma declaração infundada e irresponsável".
Biden pediu condenação de ataque a Trump
O presidente dos EUA prestou solidariedade a Trump. "Não há lugar para esse tipo de violência na América. Devemos nos unir como uma nação para condená-lo", afirmou Biden em um pronunciamento na Casa Branca horas após o ataque a tiros.
Kamala Harris, vice-presidente dos EUA, também falou sobre o atentado. "Doug [marido dela] e eu estamos aliviados por ele [Trump] não estar gravemente ferido. Estamos orando por ele, sua família e todos aqueles que foram feridos e impactados por este tiroteio sem sentido", disse a democrata.
Como foi o atentado
Donald Trump ficou ferido na orelha após tiros serem disparados. Ele discursava em um comício neste sábado (13) em Butler, na Pensilvânia. O ex-presidente passa bem. Em uma rede social, Trump disse que um tiro atravessou a parte superior da sua orelha. "Senti a bala rasgando a pele", escreveu.
Duas pessoas morreram, sendo uma delas o atirador. A outra pessoa morta era um bombeiro de 50 anos. Ele foi identificado como Corey Comperatore. Os outros dois homens feridos foram identificados como David Dutch, 57 anos, e James Copenhaver, 74 anos. Eles sobreviveram ao ataque e estão estáveis.
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