Conteúdo publicado há 2 meses

Itamaraty faz alerta para que brasileiros na Venezuela evitem aglomerações

O Itamaraty aconselhou brasileiros que moram na Venezuela a evitarem aglomerações no país.

O que aconteceu

Alerta consular foi emitido após Nicolás Maduro ser nomeado presidente em eleição questionada. Com o resultado, protestos convocados pela oposição, que também se declara vitoriosa, eclodiram no país nessa segunda-feira (29). Ao menos três pessoas morreram desde o dia das eleições.

Aviso também pediu que brasileiros se mantenham "informados sobre a segurança nas áreas onde se encontram". Os avisos e atualizações sobre a situação do país devem ser publicados nas redes sociais da embaixada, que não são atualizadas desde o sábado (27).

Críticas e contestações

Exigindo recontagem de votos, manifestantes foram às ruas de Caracas e de outras cidades venezuelanas nessa segunda (29). Estátuas de Hugo Chávez foram derrubadas em ao menos duas cidades. Ao menos 46 pessoas foram presas nos protestos, segundo a ONG Foro Penal.

Três mortes. Segundo dados de ONGs, um homem morreu baleado enquanto esperava o resultado da votação no domingo em Táchira. Nessa segunda, duas mortes foram registradas em protestos no país. Uma delas de um jovem no estado de Aragua e outra em Yaracuy.

Uma reunião da OEA (Organização dos Estados Americanos) contra a falta de transparência nas eleições da Venezuela será realizada na quarta-feira (31). A solicitação foi feita após solicitação em nota conjunta de Uruguai, Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru e República Dominicana.

Sem reconhecer a vitória de Nicolás Maduro, o governo brasileiro emitiu uma nota. O comunicado deixa claro que a publicação dos dados desagregados de cada uma das sessões é fundamental para a legitimidade do pleito.

Enviado de Lula para Caracas, Celso Amorim afirmou que está "incomodado" com a questão da transparência na eleição venezuelana. Ele retorna ao Brasil nesta terça-feira (30) após reuniões no país vizinho.

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Maduro teve 51,2% dos votos, anunciou o CNE, órgão responsável pela realização dos processos eleitorais no país. Com 80% das urnas apuradas, o atual presidente foi declarado vencedor ao obter 5,150 milhões de votos contra 4,445 milhões (44,2%) de Edmundo González Urrutia. O anúncio ocorreu por volta da 1h da madrugada (horário de Brasília) e depois não foi mais atualizado.

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, anunciou a abertura de uma investigação contra a oposição ao presidente Nicolás Maduro. Os oposicionistas, liderados por María Corina Machado, tentaram interferir nas eleições, segundo o chefe do MP.

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