EUA dizem que promoção da fome em Gaza seria 'horrível e inaceitável'

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A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, afirmou que a adoção por Israel de uma "política [de promoção] da fome" no norte da Faixa de Gaza seria "horrível e inaceitável". "O governo de Israel afirmou que essa não é a sua política (...) veremos se as ações no terreno correspondem a essa declaração."

A fala de Thomas-Greenfield ocorre após o governo dos EUA ameaçar por meio de uma carta suspender o envio de armas para Israel caso não haja avanço na situação humanitária no território palestino.

No domingo, uma reportagem do jornal israelense Haaretz afirmou que comandantes do Exército de Israel na região identificam em setores do governo a intenção de expulsar os palestinos e anexar o norte de Gaza. O governo de Israel nega.

Fumaça após ataque israelense ao vilarejo de al-Hosh, nas imediações da cidade de Tiro, no sul do Libano
Fumaça após ataque israelense ao vilarejo de al-Hosh, nas imediações da cidade de Tiro, no sul do Libano Imagem: Kawnat Haju/AFP

Mais estímulos na China

A China anunciou nesta quinta-feira que aumentará para US$ 560 bilhões o crédito para conclusão de projetos imobiliários inacabados. O valor se refere a projetos da "linha branca", destinados a obras indicadas pelos municípios, e é o dobro do previsto anteriormente.

A iniciativa é mais uma em um conjunto de medidas de estímulo econômico que começou a ser anunciado no mês passado e visa retomar os patamares de crescimento pré-pandemia. O anúncio de hoje, porém, foi recebido com ceticismo pelo mercado, e as principais bolsas do país fecharam em queda.

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Kamala se distancia de Biden

Kamala Harris disse que seu eventual governo "não será uma continuação da administração Biden". A declaração foi feita durante uma dura entrevista ontem à noite na Fox News, emissora de TV vista como simpática a Trump e com audiência predominantemente republicana.

Seu adversário, Donald Trump, participou de um evento de perguntas e respostas com eleitores latinos. Questionado sobre a invasão do Congresso americano por seus apoiadores, Trump disse que o 6 de janeiro de 2021 foi "um dia de amor" e que perdeu a eleição porque ela foi "roubada".

Itália contra casais gays

O governo de Giorgia Meloni aprovou uma lei que proíbe os italianos de usar barrigas de aluguel em países onde a prática é permitida. Carolina Varchi, a deputada do partido de ultradireita Irmãos da Itália que propôs o projeto, definiu a medida como um passo no enfrentamento da "ideologia LGBT".

Na prática, a lei impede que casais de gays tenham filhos, já que a legislação também os proíbe de adotar e barrigas de aluguel são ilegais na Itália. As penas pelo descumprimento vão de multas à prisão. A iniciativa é vista por analistas como uma reafirmação das posições conservadoras de Meloni, que teve sua origem política no movimento neofacista italiano.

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Brics contra o dólar

A Rússia tentará convencer os países do Brics a aderirem a um sistema de pagamentos internacionais que dispensaria o uso do dólar nas transações entre seus integrantes. O sistema usaria a tecnologia blockchain para armazenar e transferir tokens lastreados nas moedas nacionais.

Putin quer discutir a ideia na reunião de cúpula na semana que vem em Kazan, a 820 quilômetros de Moscou, com participação do presidente Lula. A Rússia argumenta que a iniciativa é uma forma de proteger o grupo de países participantes do mecanismo de eventuais sanções impostas pelos Estados Unidos.

Deu no Wall Street Journal

Um segundo governo Trump deve mudar radicalmente o comércio mundial. A reportagem afirma que as tarifas de importação nos EUA podem subir ao nível mais alto desde a década de 1930. Segundo o jornal americano, se no primeiro mandato Trump usou as taxas alfandegárias como ferramenta de negociação, agora elas seriam um fim em si.

"O desfecho pode variar desde uma guerra comercial total até um novo sistema de comércio entre os aliados dos EUA, unidos pela sua frustração coletiva com a China." Leia mais.

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