Conteúdo publicado há 26 dias

Pesquisas trazem más notícias para Kamala Harris, mas está tudo empatado

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Uma batelada de novas pesquisas nacionais fresquinhas, fresquinhas mostra que a coisa está NOT GOOD para o lado da Kamala Harris. A mais fresca das pesquisas saiu agora de manhã. O New York Times/Siena mostra um empate numérico entre os dois (48/48). Até outro dia, Kamala estava na frente. As pesquisas do Wall Street Journal e Rassmussen Reports divulgadas ontem mostram Trump 3 pontos na frente (49/46). Na da CNBC, Trump tem dois na frente (48/46).

As pesquisas nacionais importam, mas, porém, todavia, entretanto, contudo, são os 7 estados campo de batalha que vão decidir a eleição. Porque nos Estados Unidos não vence quem tem mais votos nacionalmente. Vence quem ganha o Colégio Eleitoral.

Funciona assim. Kamala ganha de Trump em Nova York, não importa se por cinco votos ou 5 milhões de votos, ela leva os 28 votos do Colégio Eleitoral de Nova York. Trump ganha de Kamala na Flórida, não importa se por cinco votos ou 5 milhões de votos, ele leva os 30 votos do Colégio Eleitoral da Flórida. E assim eles vão ganhando votos estado a estado. Ganha a eleição quem atingir 270 votos do colégio eleitoral. Hoje a RealClearPolitics estima que Kamala tem garantidos 215 votos (de estados que tradicionalmente elegem democratas) e Trump, 219 (de estados que tradicionalmente elegem republicanos).

Os 7 estados onde a batalha está sendo de fato travada (por isso, estados campos de batalha) mais o estado de Minnesota e o distrito de Nebraska (Omaha) representam 104 votos do colégio eleitoral. O que significa? Que mesmo que alguém ganhe por mais votos nacionalmente, pode perder a eleição se não ganhar no Colégio Eleitoral. (Nota: o RCP inclui Minnesota e Omaha como indecisos, por isso eles estão na conta. Mas Minnesota costuma ser democrata e tem 10 votos no Colégio Eleitoral)

E quais são os 7 estados conhecidos como campos de batalha e que nunca se sabe se vão votar nos democratas ou nos republicanos?

Eu repito para você com prazer, darling, porque já consigo até escrever de cor sem precisar colar do Google: Arizona, Wisconsin, Michigan, Pensilvânia, Carolina do Norte, Nevada e Geórgia.

E como andam as pesquisas nesses estados?

Tudo empatado. Nas médias das pesquisas agregadas pelo RealClearPolitics, Trump está na frente em todos eles, mas em 6 por apenas 0,5 ponto. Ou seja, empatado real com Kamala.

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Estrelas

Kamala está apostando as fichas nas estrelas. Ontem fez um comício junto com Obama e teve show de Bruce Springsteen. Bruce chamou Trump de tirano americano. Obama disse que Trump age de forma pateta, mas que isso não significa que ele não seja perigoso. No fim de semana, a previsão é de que Beyoncé e Michelle Obama subam no palanque da Kamala.

Já o Trump segue firme com o Elon Musk.

E a economia?

Uma pesquisa do Financial Times divulgada nesta semana mostra que Trump lidera por apenas um ponto percentual na questão que pergunta sobre qual candidato os eleitores confiam mais para lidar com a economia. Esta é uma boa notícia para Kamala, mas ela está focada nesses dias em chamar Trump de fascista. O que tem sido considerado um erro por pesquisadores, já que o americano não quer mais ouvir essa história de democracia ameaçada.

Mas por que a Kamala não quer falar e não fala de economia? Porque o americano está de mau humor com a economia e com Biden, apesar de os números mostrarem que a economia vai muito bem e que o Biden melhorou o país.

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Artigo de Michael Grunwald no site Politico relata:

  • Metade dos americanos acredita que o desemprego está em uma alta de 50 anos , quando na verdade está perto de uma baixa de 50 anos.
  • Dois em cada três eleitores dizem que o país está no caminho errado, embora os novos pedidos de negócios estejam em um recorde e a economia dos Estados Unidos tenha crescido mais de duas vezes mais rápido que a da Europa desde a Covid.
  • Três em cada quatro americanos acreditam que a criminalidade está aumentando, eles estão errados; as taxas de crimes violentos e de crimes contra a propriedade estão diminuindo, e estão mais baixas do que em 2020.
  • O mercado de ações continua quebrando recordes, as execuções hipotecárias continuam caindo, o setor de manufatura está finalmente crescendo e os governadores e prefeitos republicanos continuam se gabando de suas vibrantes economias estaduais e locais.
  • O desemprego caiu de 14,8% durante a Covid para 4,1% hoje, o melhor no G7.
  • Os americanos reclamam do aumento dos custos de alimentos, moradia e etc. A inflação chegou a bater 9% em 2022, o que é muito para os Estados Unidos, mas agora ela está em 2,4%, mas os eleitores continuam assombrados.

E quando a Kamala é perguntada sobre o que vai fazer o que ela responde? Que vai mudar tudo e que Trump é fascista.

Sextou, BRASEW!

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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