Pesquisas não dão resposta única sobre vencedor entre Kamala e Trump
A dez dias das eleições presidenciais dos Estados Unidos, as pesquisas eleitorais mostram cenário incerto sobre o que pode ocorrer quando os norte-americanos forem às urnas, em 5 de novembro. Confira o detalhamento de cada uma.
Como são eleições americanas?
Levantamentos analisam voto popular e não levam em consideração o sistema de colégio eleitoral. Nos Estados Unidos, presidente e vice não são eleitos diretamente pelo voto dos cidadãos. Os eleitores, na realidade, escolhem os representantes do Colégio Eleitoral de seus respectivos estados.
O número de delegados em cada estado vai de três a 54, sendo proporcional ao tamanho da população e de congressistas. O candidato que conseguir a maioria dos votos daquela população leva o número total de delegados, independentemente da margem entre as porcentagens dos concorrentes. No total, um candidato precisa conquistar 270 dos 538 delegados para ser eleito.
Morning Consult
Pesquisa com maior amostragem aponta vantagem de Kamala Harris. A Morning Consult indica que a candidata democrata tem 50% das intenções de voto, contra 46% de Donald Trump, a menor vantagem da democrata desde que ela assumiu a candidatura de Joe Biden.
Republicanos marcam maior popularidade na campanha. Desde que as pesquisas da Morning Consult se iniciaram, em setembro, a rejeição de Trump caiu e sua favorabilidade aumentou, embora ainda se mantenha no vermelho. Já a favorabilidade líquida de seu candidato a vice, JD Vance, cresceu e o deixou com apenas um ponto negativo.
A pesquisa foi realizada com 8.570 entrevistados entre 18 e 20 de outubro, e a margem de erro é de 1 ponto percentual.
GBAO/The Wall Street Journal
Trump lidera por dois pontos percentuais. O candidato republicano apareceu com 47% das intenções de voto, contra 45% de Kamala Harris.
Mandato de Trump como presidente tem maior aprovação. Desde que o jornal começou a realizar a pesquisa sobre o tema, em 2022, o índice chegou ao ponto mais alto: 52% aprovam o trabalho do republicano enquanto esteve na presidência do país, entre 2017 e 2020.
Entrevistados desaprovam trabalho de Kamala como vice. 54% disseram que não gostam do trabalho da candidata, enquanto 42% aprovam.
A pesquisa foi realizada entre 19 e 22 de outubro com 750 entrevistados, e a margem de erro é de 3,6 pontos percentuais.
Ipsos/Reuters
Harris tem vantagem de três pontos percentuais. Entre prováveis eleitores, Kamala Marcou 48% das intenções de voto, e Trump ficou com 45%.
Imigração é o maior problema do país para norte-americanos. 35% dos entrevistados afirmou que a imigração deveria ser abordada como prioridade nos primeiros 100 dias de governo. Em seguida, estão desigualdade salarial (11%), impostos (10%), cuidados com saúde (10%) e leis sobre armas (7%).
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Quero receberTrump é visto como mais adequado para lidar com maiores problemas. Entrevistados apontaram que Trump é um candidato melhor para lidar com a questão da imigração, a economia nacional, crime e a guerra de Israel. Enquanto isso, Harris pontuou melhor no trato com extremismo político, direito ao aborto, implementação de cuidados de saúde e mudanças climáticas.
A pesquisa foi realizada com 4.129 eleitores, entre 16 e 21 de outubro. A margem de erro é de 1,8 ponto percentual.
YouGov/The Economist
Kamala Harris tem 48% das intenções de voto, contra 46% de Donald Trump. O republicano caiu em um ponto percentual em comparação à última semana, enquanto Harris manteve seu número.
Republicano vence entre homens, brancos e idosos. Entre as castas políticas, o melhor desempenho de Donald Trump foi entre pessoas com 65 anos ou mais (55% de favorabilidade), brancos (53%) e na classe média (52%). O pior resultado foi entre negros — apenas 13% disseram que vão votar em Trump.
Mais da metade dos entrevistados vê EUA prontos para uma mulher presidente. 57% disseram que sim, 23% que não, e 20% não souberam responder.
A pesquisa foi realizada com 1422 eleitores entre 19 e 22 de outubro, e possui margem de erro de 3,2%.
The New York Times/Siena College
Candidatos aparecem empatados, com 48%. Ela aparecia com uma vantagem de três pontos percentuais na última pesquisa, publicada no início de outubro.
15% dos eleitores ainda não se decidiu. Dentro desse grupo, a pesquisa relata que Kamala lidera: 42% preferem a democrata, contra 32% que considera Trump uma melhor opção.
A pesquisa foi realizada com 2.516 entrevistados entre 20 e 23 de outubro, e tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais. Este é o último tracking publicado pelo The New York Times para a eleição de 5 de novembro.
Big Village
Kamala está à frente de Trump por 6,6 pontos percentuais. Na pesquisa, Harris apareceu com 51,6% das intenções de votos, contra 45% do candidato republicano. O resultado é o com maior diferença entre todas as pesquisas americanas.
JD Vance tem desaprovação maior que Tim Walz. Sobre os candidatos à vice-presidência, 53,8% dos entrevistados tem posição contrária ao republicano, enquanto esse número é de 38,9% com o democrata.
Um quinto dos entrevistados declarou voto em Kamala para evitar Trump. 20% disseram concordar com a seguinte afirmação: "Não gosto de Kamala Harris, mas votarei nela não importa o que aconteça para que Donald Trump não retorne como presidente dos Estados Unidos."
Pesquisa foi realizada com 1.739 eleitores entre 18 e 23 de outubro, e possui margem de erro de 2 pontos percentuais.
Activote
Trump e Kamala estão empatados. A democrata marcou 50,1% das intenções de voto, enquanto o republicano marcou 49,9%, uma diferença de 0,2 ponto percentual.
Republicano domina em áreas rurais, e democrata nas urbanas. 61% dos entrevistados que vive no interior dos Estados Unidos disse preferir Trump. Em áreas suburbanas, os candidatos empataram em 50% a 50%. Nas cidades grandes, Kamala apareceu à frente, com 62% das intenções de voto.
Independentes pendem para Trump. Entre aqueles que não tem costume de votar em apenas um partido, 55% disseram preferir Donald Trump, contra 45% que acham Kamala uma melhor opção.
Pesquisa foi realizada com mil eleitores entre 19 e 24 de outubro, e possui margem de erro de 3,1 pontos percentuais.
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