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Mortes na Espanha chegam a 205; moradores estão sem acesso a comida e água

Moradores da Generalidade de Valência, principalmente ao sul, estão com dificuldade de acesso a itens básicos três dias após as fortes chuvas e enchentes que assolaram a Espanha. Número de mortos chegou a 205.

O que aconteceu

Na manhã desta sexta-feira (1º), o serviço de emergência da Generalidade de Valência atualizou o número de mortos para 202. Outras duas vítimas foram encontradas em Castela La Mancha e uma em Andaluzia, totalizando 205. Não foi divulgado o número de desaparecidos.

Estradas continuam com problemas e interdições, o que dificulta a chegada de ajuda e mantimentos. O governo de Valência mobilizou, de forma emergencial, 25 milhões de euros (aproximadamente R$ 157 milhões, em conversão direta) para reconstruir as rodovias gravemente afetadas pela enchente.

Algumas cidades também seguem sem fornecimento de energia elétrica. É o caso de Chiva, que registrou o recorde de chuvas durante a enchente. A cidade também está sem sinal de telefone e sem água.


Milhares de voluntários de Valência estão se organizando nas redes sociais para ajudar as áreas mais atingidas, que ficam no sul. Segundo o jornal El País, eles querem levar comida e água para a população, além de ajudar nos trabalhos de limpeza.

Voluntários pedem: água (para consumo próprio e distribuição), alimentos que não precisem ser cozidos (como sanduíches, frutas, atum, azeitonas, frios, etc.), botas e luvas específicas para limpeza de água e lama, carregadores portáteis já carregados, velas, entre outros, informou a coordenadora de um grupo de voluntários, no Telegram.

O governo pediu que voluntários "não se desloquem às áreas, porque as estradas estão em colapso e os serviços de emergência não têm acesso". Após a publicação no X, pessoas responderam ao comentário questionando e criticando a fala do governo, dizendo que o envio de serviços de emergência é insuficiente.

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Em Aldaia, cinco pessoas foram detidas pela Polícia Nacional após saquear uma joalheria em um centro comercial afetado pelas enchentes. O El País informa que pelo menos 50 pessoas foram detidas por saques nas áreas afetadas. Algumas tropas precisaram ser retiradas dos trabalhos de resgate para patrulhar áreas comerciais e prevenir os roubos.

Militares enviados para apoio

Cerca de 500 militares foram designados para ajudar nas buscas e no socorro nas áreas afetadas. Em entrevista à televisão espanhola TVE, a ministra da Defesa, Margarita Robles, informou que, no total, já são 1.700 militares envolvidos nos trabalhos e há a possibilidade desse número aumentar, de acordo com a necessidade.

As cidades nas províncias de Valência e Castellón seguem em situação de emergência número 2 nesta sexta-feira (01). Os alertas meteorológicos, porém, foram rebaixados ao nível amarelo.

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O governo anunciou na quinta-feira (31) que irá mobilizar 250 milhões de euros (aproximadamente R$ 1,57 bilhões, em conversão direta) para atender às primeiras consequências das enchentes. Esse pacote de ajuda será estruturado em quatro áreas principais e incluirá uma ajuda direta à população, "expressa e sem burocracias", para a compra de móveis ou para corrigir danos em casas.

Pedestres ficam ao lado de carros empilhados após inundações mortais em Sedavi, ao sul de Valência, leste da Espanha
Pedestres ficam ao lado de carros empilhados após inundações mortais em Sedavi, ao sul de Valência, leste da Espanha Imagem: JOSE JORDAN/AFP

30.out.2024 - Carros levantados por deslizamento de terra são fotografados após enchentes no bairro De La Torre, em Valência, leste da Espanha
30.out.2024 - Carros levantados por deslizamento de terra são fotografados após enchentes no bairro De La Torre, em Valência, leste da Espanha Imagem: Ruben FENOLLOSA / AFP

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