Trump discursa e diz que inaugurará 'era de ouro' nos EUA

Donald Trump, candidato republicano à Presidência dos EUA, disse, na madrugada desta quarta-feira (6), que inaugurará uma "era de ouro nos EUA". Ele iniciou o discurso em um centro de convenções na Flórida após a emissora Fox News projetar sua vitória. A vitória foi sacramentada por volta das 7h30 (horário de Brasília)

O que aconteceu

O republicano também disse que irá "recuperar" os EUA. "Vamos ajudar nosso país a se recuperar. Nosso país precisa de ajuda, precisa muito. Vamos resolver nossa fronteira e todos os outros problemas".

Trump ressaltou a vitória no Senado do Partido Republicano, que voltou a comandar a casa. "Os EUA nos deram um mandato poderoso. Voltamos a controlar o Senado", disse ele, que ainda destacou a possibilidade de que mantenha o controle sobre a Câmara dos Deputados.

"Foi aparentemente o maior movimento político de todos os tempos", disse Trump. Ele se referia ao movimento "Faça a América Grande Novamente" (Maga, na sigla em inglês).

Num discurso improvisado, o presidente eleito ainda defendeu que Elon Musk, dono do X, seja "protegido". "Temos de proteger nossos gênios, não temos tantos deles", afirmou Trump.

Após instrumentalizar ódio em sua campanha, Trump agora indicou que está "na hora de reunir" o país. Ele falou em "colocar um fim às divisões dos últimos quatro anos". Indicando que não vai começar nenhuma guerra, Trump ainda lembrou dos atentados e ameaças que sofreu. "Deus me salvou por um motivo", disse.

O vice na chapa, JD Vance, também discursou no evento. Ele destacou a "maior volta política da história dos EUA" e prometeu que haveria a "maior recuperação econômica da história".

Campanha foi marcada por atentado

Donald Trump após ser acertado por um tiro de raspão
Donald Trump após ser acertado por um tiro de raspão Imagem: Getty Images via AFP

Trump foi alvo de um ataque a tiros. Em julho, Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, atirou contra Donald Trump durante um comício na Pensilvânia. O candidato foi atingido de raspão e uma pessoa da plateia morreu. O atirador foi morto pelo Serviço Secreto. Em setembro, Ryan Wesley Routh foi preso com um rifle AK-47 enquanto se preparava para atirar em Trump, num segundo atentado.

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Maiores temas de campanha foram imigração e impostos. Trump prometeu deportação em massa de 15 a 20 milhões de estrangeiros sem documento, embora o número estimado seja de 11 milhões de pessoas. Na economia, quer nacionalização, redução de importações, de impostos e de regulação sobre o mercado.

Ataques contra Kamala Harris e Tim Walz foram constantes. Durante toda a campanha, Trump focou em ofender seus adversários políticos com narrativas falsas e apelidos depreciativos. Trump chamou Kamala de "burra", "mentalmente debilitada" e "com QI baixo". Em uma entrevista, questionou se Harris era negra, e se tinha "mudado sua identidade" por vantagens políticas.

Apoio de Elon Musk. Em outubro, Donald Trump levou o bilionário sul-africano a um comício em Butler, na Pensilvânia, onde ele discursou pedindo votos ao ex-presidente. Mais tarde, no meio de outubro, Musk pagou usuários do X, sua rede social, para responder favoravelmente uma pesquisa sobre Trump.

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