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A superárvore artificial que se alimenta de poluição

30/06/2017 15h07

Um bosque concentrado em uma árvore.

E não é uma árvore qualquer: é quadrada, sem tronco e com folhas de musgo.

Seu nome é "CityTree, a árvore da cidade". É uma estrutura móvel criada por um grupo de designers que tentam combater um dos problemas ambientais mais graves que o planeta sofre: a contaminação do ar.

Segundo seus criadores, essa árvore tem a capacidade de absorver dióxido de nitrogênio e partículas microscópicas do ar com a capacidade de 275 árvores naturais.

Cada CityTree pode absorver 250 gramas de partículas por dia e armazena 240 toneladas métricas de CO2 por ano, dizem seus criadores.

Baixa manutenção

Desenvolvida na Alemanha, essa instalação é na verdade uma parede de musgo, uma planta acostumada a viver sem terra e que funciona naturalmente como um filtro do ar.

“O musgo consegue armazenar todas as partículas da poluição e usá-las como nutrientes”, afirma Liang Wu, cofundador da Green City Solutions, empresa que criou a CityTree.

Atualmente, essas árvores estão em 25 cidades do mundo, como Oslo, Hong Kong, Glasgow e Bruxelas, além de várias cidades alemãs.

Sua instalação demora 6 horas e sua manutenção é fácil. A árvore têm sensores embutidos que controlam a umidade do solo, a temperatura do ar e a qualidade de água. Eles também conseguem medir a qualidade do ar e avaliar sua eficiência.

Tudo isso tem um custo. Plantar e manter uma árvore tradicional custa cerca de R$ 3 mil por década e uma CityTree custa cerca de R$ 90 mil.

Muitos se perguntam se não seria melhor investir esses esforços – e dinheiro – em projetos que combatam diretamente a origem da contaminação e não suas consequências.