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Desmatamento da Amazônia em 2011 é o menor em 23 anos, segundo Inpe

Do UOL, em São Paulo

05/06/2012 12h55Atualizada em 05/06/2012 17h32

O mapeamento e o cálculo da taxa de desmatamento na Amazônia Legal para o período agosto/2010 a julho/2011 indicou o menor número desde que as medições começaram em 1988: 6.418 km2. Os dados divulgados nesta terça-feira (05) são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) pelo Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal – Prodes.

Desmatamento da Amazônia Legal de agosto/2010 a julho/2011

ESTADO(KM2)
ACRE280
AMAZONAS502
AMAPÁ66
MARANHÃO396
MATO GROSSO1.120
PARÁ3.008
RONDÔNIA865
RORAIMA141
TOCANTINS40
AMZÔNIA LEGAL6.418
  • Fonte: Inpe

O resultado final, obtido pela análise de 213 imagens do satélite Landsat 5/TM e DMC, computa como desmatamento as áreas maiores que 6,25 hectares onde ocorreu remoção completa da cobertura florestal – o corte raso.

A taxa de desmatamento consolidada pelo Prodes 2011 indica uma redução de 8% em relação à taxa do período anterior, em que foram medidos 7.000 km2 de desmatamento.

O valor da taxa consolidada é 3% acima do valor estimado em dezembro de 2011, que foi de 6.238 km2, este gerado com base em 97 imagens Landsat que cobrem área onde foram registrados mais de 90% do desmatamento no período anterior (agosto/2009 a julho/2010) e também os 43 municípios referidos no Decreto Federal 6.321 de  2007 e atualizado em 2009.

“É um dado muito importante, é a menor taxa de desmatamento de toda a história”, disse a ministra Izabella Teixeira durante o anúncio feito na cerimônia em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, no Palácio do Planalto.

Durante a cerimônia, o governo anuncia um pacote de medidas ambientais. Uma delas é a criação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paranapanema, com área de 105 mil quilômetros quadrados entre os estados do Paraná e de São Paulo. A área inclui 347 municípios com 4,6 milhões de habitantes, sendo 85% de população urbana. O comitê vai deliberar sobre as ações na região e estabelecer mecanismo de cobrança pelo uso dos recursos ambientais disponíveis na região.

As principais atividades desenvolvidas na área da bacia são a agricultura, aquicultura e a hidratação animal, que respondem por quase 40% da demanda total da região.

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