PIB verde confiável levará 20 anos para ficar pronto, diz especialista do Ipea
Uma das questões principais da Rio+20 é a definição de um indicador que reúna as três vertentes da sustentabilidade, o ambiental, social e econômico, para medir o desenvolvimento dos países. Para o pesquisador do Ipea, Ronaldo da Motta, serão necessários 20 anos até que um indicador confiável seja estabelecido.
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“Hoje, existem diversas metodologias para mensurar e precificar o ambiente, mas muitos são ainda controversos. Para medir valor de desmatamento, crédito de carbono é fácil, mas e para medir quanto vale a existência da floresta?”, questiona ele. Exatamente por isso, o especialista acredita que ainda demorará para que este índice esteja estabelecido.
Entretanto, ele ressalta que isso não afasta o interesse na questão. “É preciso começar a trabalhar nisso hoje para daqui 20 anos termos um indicador. Senão, vai demorar mais ainda. Este é o tempo que o PIB demorou para ficar totalmente pronto”, conta.
Motta acredita que a criação de um grupo de trabalho para estabelecer parâmetros para a criação do PIB verde, ou outro indicador que mensure o desenvolvimento sustentável, é o resultado mais provável da Rio+20.
“Um grupo de trabalho para o fortalecimento da agência de ambiente da ONU é a coisa mais fácil de sair da Rio+20. E a partir dela poderão ser traçados os caminhos para a criação do PIB verde. A agência também abrigaria as Convenções de Mudanças Climáticas e Biodiversidade”, explica.
Hoje o Pnuma, Programa para o Meio Ambiente da ONU, tem uma importância considerada pequena. A ideia é elevá-lo à categoria de Agência, como é a OMS com a saúde, para que ele tenha maior poder de negociação internacional.
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