Na COP 18, Brasil defende 2ª fase de Kyoto para garantir um 'regime sólido' de mudança do clima
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, defendeu a adoção da segunda fase do Protocolo de Kyoto durante seu pronunciamento no plenário da COP 18, a Conferência da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre as Mudanças Climáticas, que ocorre em Doha, no Catar, até o próximo dia 7. Segundo a ministra, o novo tratado é a melhor forma de "garantir um regime sólido de mudança do clima", portanto deve passar a valer já no ano que vem.
"Nossa principal tarefa em Doha é adotar formalmente o segundo período de compromissos do Protocolo de Kyoto. Ele é nosso grande recurso para garantir um regime sólido de mudança do clima", discursou. "Os objetivos quantificados de redução de emissões [dos gases de efeito estufa] para as Partes do Anexo I devem ser adotados aqui, por meio de emendas integralmente ratificáveis ao Protocolo, e devem ser implementados desde 1º de janeiro de 2013."
Izabella reforçou, ainda, a importância de um comprometimento mundial com a redução das emissões de gases de efeito estufa e que a instituição de um novo pacto, entre outras ações, demonstra que o mundo entra em uma nova fase, marcada pelo "princípio de equidade e responsabilidades comuns, mas diferenciadas". O avanço das negociações permitirá maiores níveis de comprometimento e deveres da comunidade internacional.
O Brasil ganhou papel de destaque em Doha depois que foi convocado, juntamente com a Noruega, pelo presidente da cúpula, Abdullah Bin Hamad Al-Attiyah, para fazer consultas com os ministros dos principais países e conciliar impasses sobre o novo acordo climático.
As discussões sobre quanto tempo o novo período de Kyoto deve ficar em atividade e o hot air - espécie de bônus das emissões reduzidas acima das metas que alguns países querem usar como crédito para o novo tratado - estão emperrando as negociações em Doha.
O governo brasileiro já propôs uma espécie de gatilho para aumentar, no decorrer do período, as metas de reduções de emissões das nações que se comprometerem com a segunda fase do Protocolo de Kyoto - prazos e índices já seriam definidos, agora.
Animação mostra negociações sobre redução da emissão de CO2
Desmatamento
A ministra usou a política de combate ao desmatamento e o desenvolvimento sustentável como iniciativas brasileiras para reduzir as emissões de gases. No fim de novembro, o Ministério do Meio Ambiente divulgou que o desmatamento na Amazônia Legal caiu 27% entre agosto de 2011 e julho de 2012 na comparação com os 12 meses anteriores. Os números são os menores já apresentados desde o início do levantamento, feito desde 1988, um recorde histórico dos últimos 24 anos.
Nesta quinta-feira (6), a delegação brasileira apresentará estratégias, projetos e resultados nacionais na Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal, o chamado REDD+, em evento do Brasil dentro da programação da COP 18.
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