Emissões por desmatamento caem 16% na Amazônia, diz Inpe
As emissões de gases do efeito estufa pelo desmatamento da Amazônia caíram 16% em 2012 em relação ao ano anterior, estima o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Foram emitidas 352 milhões de toneladas de dióxido de carbono no ano.
Os dados foram calculados a partir dos resultados do Prodes 2012, que estimou 4.665 km2 de desmatamento na Amazônia Legal no último período, o menor índice desde 1988. O cálculo das emissões também mostra a redução de 64% em relação aos valores estimados para 2004, ano em foram desmatados quase 28 mil km2 na Amazônia Legal.
As estimativas do Inpe serão atualizadas após a divulgação dos dados consolidados do sistema Prodes.
Desmatamento
A redução do desmatamento no período 2006-2011 foi de 49% em relação ao que seria projetado pela média histórica de 19,500km2. Se contarmos 2012, a queda média no período é de 53%. Pelo Plano Nacional de Mudanças Climáticas (Lei Federal 12187/2009), o governo se comprometeu a reduzir em 80% o desmatamento na Amazônia até 2020, em relação à média histórica do período 1996-2005.
Porém, a análise indica que as emissões estão caindo relativamente menos do que o desmatamento porque a área desmatada se deslocou para áreas de maior biomassa.
No caso dos Estados, os resultados refletem a distribuição desigual do desmatamento na região -- a contribuição do Mato Grosso, por exemplo, apresenta tendência de queda, enquanto a do Pará é de aumento na contribuição relativa.
Cerca de metade da biomassa florestal é composta por carbono, que é liberado na forma CO2 pelas queimadas, desmatamentos ou outras alterações no uso da terra. A velocidade da transferência de CO2 para a atmosfera está relacionada às causas do desmatamento – exploração madeireira, estabelecimento de pastagens para pecuária, agricultura mecanizada de larga escala, agricultura familiar etc.
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