Chuvas acima da média aliviam seca no Nordeste, mostra satélite
A área do semiárido nordestino atingida pela seca sofreu redução com as chuvas registradas acima do esperado nos meses de dezembro e janeiro, segundo mostram imagens de satélite captadas por estação na Ufal (Universidade Federal de Alagoas).
As imagens comparativas entre os meses de janeiro de 2013 e 2014 mostram a vegetação nos Estados da Bahia, Piauí, Alagoas, Sergipe e sul do Ceará tiveram.
Apesar das chuvas melhorarem a vegetação, os meteorologistas alertam que o problema maior dos Estados são os reservatórios vazios, já que eles acumulam grande déficit, e as chuvas não foram capazes de captar água suficiente.
Segundo o último boletim do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) e o CPTEC (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climático), o mês de dezembro foi marcado pelo excesso de chuva em parte das regiões Sudeste e Nordeste do Brasil, o que explica a melhoria no mapa de vegetação.
Mas o boletim, publicado no último dia 21, alerta que a chuva não é homogênea e que há regiões que ainda sofrem com a estiagem. “As chuvas continuaram escassas no norte da Região Nordeste. No Rio Grande do Norte, em particular, a quase totalidade dos municípios decretaram situação de emergência por causa da estiagem prolongada”, diz o texto.
Segundo o meteorologista e coordenador do Laboratório de Processamento de Imagens de Satélite da Ufal, Humberto Barbosa, a estação chuvosa do Nordeste deve ser separada por sub-regiões, que variam as precipitações.
A região semiárida --que compreende 60% do Nordeste-- deve começar sua quadra chuvosa agora, em fevereiro, seguindo até maio.
“Para a pré-estação chuvosa --dezembro a janeiro--, as precipitações no semiárido estão acima da média. As outras sub-regiões que já iniciaram os períodos de chuva --por exemplo, meio norte e sul do Nordeste-- também têm tido chuva acima da média”, explicou.
Barbosa diz que as chuvas foram causadas por uma conjunção de fatores climáticos como linhas de instabilidade e umidade trazidas pelos ventos marítimos.
O meteorologista ainda faz uma previsão animadora aos sertanejos. “Após dois anos de estiagem no semiárido nordestino, há um alerta para a possibilidade de ocorrência de chuva acima da média entre fevereiro e maio de 2014”, disse.
Segundo a previsão do Inmet e CPTEC, a previsão aponta para maior probabilidade de chuvas do que a média histórica nos próximos três meses no Nordeste, com 40% de probabilidade.
Porém, o boletim alerta novamente para a má distribuição das chuvas. “Para este trimestre, o posicionamento de sistemas típicos dos meses de verão, associados com a circulação de verão na alta troposfera, pode contribuir para aumentar a irregularidade na distribuição espacial e temporal das anomalias de precipitação sobre o norte da Região Nordeste”, relata.
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