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Continuar com "status quo" porá em risco "alimentos, energia e água", diz ex-secretário-geral da ONU

Fumaça emitida por chaminé de fábrica: A poluição externa é um dos fatores considerados de risco, segundo especialistas - Getty Images
Fumaça emitida por chaminé de fábrica: A poluição externa é um dos fatores considerados de risco, segundo especialistas Imagem: Getty Images

17/10/2018 13h07

O mundo chegou a um "ponto sem retorno" sobre a mudança climática, advertiu o ex-secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, no lançamento nesta terça-feira (16) na Holanda de uma comissão climática internacional.

A comissão examinará as medidas que os países, particularmente os mais pobres, podem tomar para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas, como o aumento do nível do mar e a secas de longo prazo.

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Uma cúpula será organizada pela Holanda em 2020 para fazer um balanço do trabalho da comissão, que está associada a grandes potências mundiais, como China, Índia e Alemanha, e outros 14 países.

A comissão, cuja sede fica em Roterdã, é liderada por Ban Ki-moon, Bill Gates, fundador da Microsoft e ativista climático, e Kristalina Georgieva, diretora do Banco Mundial.

"Estamos em um ponto sem retorno", disse Ban Ki-moon na conferência que lançou oficialmente a comissão em Haia.

O mundo deve seguir o caminho que possa garantir um "futuro mais resiliente ao clima", acrescentou o ex-secretário-geral das Nações Unidas de 2007 a 2016.

"Podemos continuar com o status quo, colocando em risco o crescimento econômico global e a estabilidade social", assumindo o risco de "não poder garantir alimentos, energia e água nas décadas futuras", alertou.

Em um relatório publicado na semana passada, especialistas do Grupo de Especialistas Intergovernamentais sobre a Evolução do Clima (Giec) pediram mudanças rápidas sem precedentes se quisermos limitar o aquecimento global a 1,5 ° C.