Córrego com água roxa surpreende moradores de cidade da Grande São Paulo
Os moradores de Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, foram surpreendidos no último sábado (29) ao verem a água do córrego Caputera com a cor roxa. A cena foi registrada pela vereadora Adriana Aparecida Félix (PSDB) após receber reclamações de moradores da Vila Japão.
Além da cor roxa, o odor é alvo de protestos da população local. "Esse córrego já foi limpo e a gente até tomava banho, pescava e o pessoal até lavava roupa, logo quando eu mudei para cá, há 40 anos. Agora é terrível. A gente fica aqui pagando por isso e o abandono é total da prefeitura. A água uma hora é azul, outra hora é roxa", explica a moradora Maria do Socorro de Castro Fernandes, 65.
Ela ainda ressalta que no final do dia a situação fica ainda mais difícil. "O problema desse rio está sério, porque na parte de baixo quando é no fim da tarde ou quando o sol esquenta o cheiro é horrível", afirma.
Segundo a vereadora, a água do córrego vem de Arujá (cidade vizinha a Itaquaquecetuba), passa pela Vila Japão e segue para o rio Tietê. Além da Vila Japão, os bairros de Jardim Sol Nascente, Carolina, Maragogipe, Viana e a Vila São Carlos também estão sendo afetados com a poluição do rio.
"Não tinha como ficar no bairro, o odor estava muito forte e a água estava roxa. Depois que saí de lá a minha cabeça quase estourou. Imagina o morador que mora na rua Nossa Senhora de Lourdes, que é bem próximo ao córrego", questiona Adriana.
De acordo com a parlamentar, o problema persiste desde 2017 e prefeitura da cidade e a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) já foram notificadas a respeito.
Segundo a prefeitura de Itaquaquecetuba, a região faz parte de um polo industrial, por isso, acredita-se que uma dessas empresas esteja jogando resíduos químicos no córrego e se espalhando por todo o rio.
Em nota, a prefeitura informou que membros da Defesa Civil, Fiscalização de Posturas e Meio Ambiente estão fazendo hoje uma "varredura" para descobrir qual empresa despejou o material no rio e posteriormente irá tomar as medidas necessárias.
Procurada pela reportagem, a Cetesb disse que já esteve no local em outro momento, e que multou várias vezes uma mesma empresa que estava fazendo um lançamento irregular no rio, com borras de alumínio.
Hoje, os técnicos da Cetesb estão novamente na região, realizando uma vistoria para encontrar a possível fonte poluidora.
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