Polícia Federal abre inquérito para apurar "Dia do Fogo"
A Polícia Federal (PF) abriu inquérito hoje para apurar o chamado "Dia do Fogo", uma convocação para fazer queimadas na Amazônia. Segundo a revista Globo Rural, essa convocação foi feita por meio de aplicativos de mensagens usados por agricultores e grileiros da região de Altamira (PA).
A investigação vai apurar eventuais incêndios criminosos na região. Hoje, um grupo de cerca de 25 agentes, delegados e peritos decolou de Brasília com destino a região Norte. Eles devem chegar esta tarde à primeira base de ação do grupo.
A ideia é investigar o caso de Altamira, mas também outras suspeitas de incêndios criminosos na Amazônia. Além da equipe da capital federal, a PF informou que "todo o efetivo" da Amazônia Legal esta "mobilizado" e ajudando nas investigações de queimadas.
Investigação no Pará não comprovou articulação
Apesar do inquérito da PF, a Polícia Civil do Pará informou que uma investigação "preliminar" feita pela corporação não comprovou nenhuma articulação para o chamado "Dia do fogo". A pedido do Ministério Público, o delegado Daniel Mattos Mathias, de Novo Progresso (PA), tomou o depoimento do presidente do Sindicato dos Produtores Rurais da cidade, um coordenador de assentamento na região e um jornalista responsável pela reportagem sobre o caso.
"Com base nas oitivas e diligências [atos de investigação, como buscas por provas e fotografias do local, por exemplo] realizadas, não ficou comprovada a articulação para provocar uma onda de queimadas ao longo da rodovia federal, a BR 163", concluiu a Polícia Civil, em nota distribuída nesta segunda-feira (26).
A assessoria da polícia disse que o resultado dos depoimentos e das "demais diligências", que não foram reveladas, foi comunicado ao Ministério Público.
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