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Incêndio em área de preservação no interior de SP já dura 3 dias

Incêndio em uma área de preservação permanente em Castilho, no interior de SP - Divulgação/Defesa Civil
Incêndio em uma área de preservação permanente em Castilho, no interior de SP Imagem: Divulgação/Defesa Civil

Simone Machado

Colaboração para o UOL, em São José do Rio Preto

29/08/2019 17h22

Já passou de 60 horas o incêndio em uma área de preservação permanente, em Castilho, interior de São Paulo. A área devastada pelo fogo é de aproximadamente dois mil hectares, o equivalente a dois mil campos de futebol, segundo a Companhia Energética de São Paulo (Cesp), concessionária responsável pela preservação da mata.

Na manhã de hoje a Defesa Civil Estadual enviou uma aeronave para ajudar no combate às chamas. O avião tanque tem capacidade para transportar 1.800 litros de água e líquido gerador de espuma que suprime o calor. Além da aeronave, dois helicópteros Águia da PM, dois caminhões do Corpo de Bombeiros e dois caminhões pipas de usinas da região ajudam no controle do incêndio. Pelo menos 40 homens trabalham no local.

Há dificuldade para controlar as chamas, já que se trata de uma área com solo pantanoso e de mata fechada, apenas aeronaves conseguem checar até os focos. Bombeiros em solo trabalham no isolamento do fogo para que ele não atinja pastagens vizinhas.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o fogo começou em uma plantação de cana-de-açúcar, na noite de segunda-feira. Até esta tarde os bombeiros continuam no trabalho de combate às chamas. Não há previsão para o término dos trabalhos.

Animais de pequeno porte não conseguiram fugir do local e morreram carbonizados outros danos ambientais ainda não foram calculados. "No momento, a prioridade está no combate às chamas, com posterior avaliação dos demais impactos", diz trecho da nota enviada pela Cesp.

A concessionária explicou ainda que "comunicou às autoridades sobre a ocorrência para apuração dos fatos, tendo em vista que foram identificados pelo menos dois focos iniciais de incêndio, distantes cerca de três quilômetros, um deles em área não pertencente à CESP".

A área é conhecida como Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Foz do Aguapeí e tem 8.353 hectares. O local serve de abrigo para diversos animais silvestres.