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Queimadas na Amazônia: Polícia cumpre mandados de prisão por focos no Pará

Ueslei Marcelino/Reuters
Imagem: Ueslei Marcelino/Reuters

Do UOL, em São Paulo

29/08/2019 13h45Atualizada em 30/08/2019 11h00

A Polícia Civil cumpre mandados de prisão no Pará por conta de desmatamentos e queimadas na Amazônia. A Operação Labaredas, realizada na região de São Félix do Xingu, no sul do estado, mira pelo menos três responsáveis pelos crimes.

"As ordens judiciais de busca e apreensão foram cumpridas nas casas dos investigados em Goiânia e em Redenção, no Pará, e na sede da fazenda em São Félix do Xingu, durante a manhã de hoje. Os três procurados não foram localizados e estão foragidos", informou a Polícia Civil, em comunicado.

A operação busca prender e responsabilizar criminalmente Geraldo Daniel de Oliveira. Ele é suspeito de contratar mais de 50 homens para derrubar 20 mil hectares na área de Proteção Ambiental Trunfo do Xingu conhecida como fazenda Ouro Verde em São Félix do Xingu.

Segundo o delegado José Humberto de Melo, diretor de Polícia do Interior da Polícia Civil, o grupo já derrubou e tocou fogo em mais de 5 mil quilômetros de mata.

Além de Geraldo Daniel de Oliveira, genro do dono da fazenda, apontado como mandante, foram decretadas prisões de José Brasil de Oliveira e João Batista Rodrigues Jaime, também responsabilizados por derrubadas de mata e incêndios criminosos. Os suspeitos responderão por danos em área de proteção ambiental, poluição ambiental, queimadas e associação criminosa.

A operação ainda prendeu Paulo Henrique Santos Marques, em flagrante, por estar com um revólver calibre 38 sem porte legal. De acordo com a Polícia Civil do Pará, ele deve responder por porte ilegal de arma.

Além disso, as equipes da polícia encontraram na fazenda Ouro Verde um grupo de trabalhadores em condições análogas à escravidão.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do informado, Geraldo Daniel de Oliveira é suspeito de contratar mais de 50 homens para derrubar 20 mil hectares na área de Proteção Ambiental Trunfo do Xingu, e não 20 mil quilômetros quadrados.