Um mês depois, Bolsonaro manda apurar óleo no NE e quer resposta em 48 h
Uma edição extra do Diário Oficial da União publicada hoje traz um despacho assinado pelo presidente Jair Bolsonaro determinando a investigação sobre as causas e responsáveis pelas manchas de óleo que aparecem há 33 dias em praias dos nove estados do Nordeste. O presidente ainda quer respostas sobre as providências até a segunda-feira.
Segundo o despacho, a apuração deve ser feita pela Polícia Federal, Comando da Marinha, Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).
"Determino, ainda, que sejam apresentados à Presidência da República, no prazo de 48 horas, contado da data de publicação deste despacho, os dados coletados e as providências adotadas até o momento", determinou o presidente.
Segundo o último balanço do Ibama, de quinta-feira, 124 praias em 59 municípios, já haviam sido atingidas. Pelo menos 12 animais foram oleados, e pelo menos sete deles morreram.
Antes da ordem presidencial, todos esses órgãos já atuavam na apuração e busca de responsabilidades e informam suas ações em suas páginas oficiais. Além deles, a Petrobras também foi acionada e fez investigações do material que apareceu e indicou que se tratava de petróleo cru de origem estrangeira. Entretanto, ainda não se sabe a origem do óleo.
A PF no Rio Grande o Norte abriu um inquérito na quarta-feira (2) para investigar o vazamento. O MPF (Minsitério Público Federal) no estado também está no caso. Ibama e ICMBio monitoram a poluição causada pelas manchas.
O aparecimento do petróleo está causando uma série de problemas aos estados nordestinos. Hoje, uma das principais praias de Fortaleza foi interditada.
Ontem, foi a vez da praia dos Artistas, em Aracaju ser interditada devido a maior concentração da substância já encontrada até agora.
As primeira manchas com petróleo começaram a aparecer no dia 2 de setembro, na Grande Recife. Desde lá, vários locais apareceram com problemas. O vazamento é considerado um dos maiores acidentes ambientais já registrados em praias do Nordeste.
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