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Terras indígenas têm alta de 74% no desmatamento de 2018 para 2019

15.mai.2015 - Dream Braga, 18, índio da tribo cambeba, mira com arco e flecha dentro de um rio próximo à aldeia Três Unidos - Bruno Kelly/Reuters
15.mai.2015 - Dream Braga, 18, índio da tribo cambeba, mira com arco e flecha dentro de um rio próximo à aldeia Três Unidos Imagem: Bruno Kelly/Reuters

Do UOL, em São Paulo

28/11/2019 08h10

Resumo da notícia

  • Territórios indígenas perderam 423,3 km² de floresta para o desmatamento entre agosto de 2018 e julho de 2019
  • É uma alta de 74% em relação ao território desmatado no mesmo período do ano anterior -- que foi de 242,5 km²
  • Os dados são do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes)

Territórios indígenas perderam 423,3 km² de floresta para o desmatamento entre agosto de 2018 e julho de 2019, uma alta de 74% em relação ao território desmatado no mesmo período do ano anterior — que foi de 242,5 km².

Os dados são do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), programa coordenado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Localizada no Pará, a terra da tribo Ituna/Itatá foi a mais afetada pelo desmatamento. A área protegida perdeu 119,92 km² para o desmatamento, o equivalente a 28,33% do total.

A Ituna/Itatá é uma das tribos isoladas (sem contato com o homem branco) que restam na Amazônia. A área de conservação fica próxima ao município de Altamira, considerado o mais desmatado do Brasil.

Outras áreas bastante afetadas foram as das tribos Apyterewa (85,25 km²), Cachoeira Seca (60,2 km²), Trincheira Bacajá (34,62 km²) e Kayapó (20,04 km²), todas localizadas no estado do Pará.

As terras indígenas representaram 4% do total desmatado na Amazônia Legal durante o período. O número mais recente divulgado pelo Prodes indica que 10,1 mil km² de floresta foram desmatados entre agosto de 2018 e julho de 2019.