Líderes de países sul-americanos reativam Parlamento Amazônico após 9 anos
O Parlamaz (Parlamento Amazônico) será reinstalado hoje durante uma reunião virtual do colegiado formado por representantes políticos do Brasil, Bolívia, Colômbia, Peru, Venezuela, Suriname, Guiana, Equador e Guiana Francesa. Criado em 1988, o grupo tem como objetivo estabelecer políticas integradas e estreitar relações entre os países-membros sobre o desenvolvimento sustentável na região Amazônica. O Parlamento estava sem atividades regulares desde 2011.
Durante o evento virtual agendado para as 10h, um conselho diretor do colegiado será eleito. Entre os membros brasileiros, estão os deputados Marcelo Ramos (PL-AM), Leo Moraes (Pode-RO), Perpétua Almeida (PCdoB-AC) e José Ricardo (PT-AM); e os senadores Nelsinho Trad (PSD-MS), Eduardo Braga (MDB-AM), PLínio Valério (PSDB-AM), Paulo Rocha (PT-PA) e Telmário Mota (Pros-RR).
A ideia de reativação do Parlamaz voltou às pautas em 2019, mas somente em novembro deste ano que a CRE (Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional), no Senado, se reuniu para decidir sobre a retomada das atividades. Na altura, o presidente da comissão, senador Nelsinho Trad (PSD-MS), havia dito para a Agência Senado que os países que detinham o território da Amazônia estavam sendo contactados para que o parlamento internacional fosse restabelecido.
As atividades do Parlamaz foram estabelecidas, mas logo depois desmobilizadas. A primeira reativação aconteceu em 2001, com uma nova paralisação anos depois. Em novembro de 2004, o colegiado voltou às pautas em uma tentativa de reativação.
O Congresso Nacional sediou a reunião do Conselho Diretor do Parlamaz em abril de 2008 e reanimou as atividades, com a produção da "Carta de Brasília", na qual é feita a defesa do desenvolvimento sustentável, apontando que a presença da Quarta Frota Americana nos Mares da América do Sul representaria uma ameaça a soberania dos países latino-americanos.
Maior desmatamento dos últimos 10 anos no Brasil
O desmatamento na Amazônia atingiu recordes no mês de novembro, com um total de 484 km² de área verde derrubada. Os números representam um aumento de 23% em comparação ao mesmo período do ano passado e totalizam o maior desmatamento da região no mês de novembro dos últimos dez anos. Os dados foram divulgados pelo SAD (Sistema de Alerta de Desmatamento) do Imazon.
O Pará ocupa o primeiro lugar entre os estados que mais desmataram, com 48% da Amazônia Legal desmatada. Em seguida, aparece o estado do Mato Grosso (19%), Rondônia (10%), Maranhão (9%), Amazonas (8%), Acre (3%), Roraima (2%) e Amapá (1%).
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