Desmatamento na Amazônia cresce 33% em relação a 2020
O desmatamento na Amazônia aumentou 33% este ano, em comparação com 2020, de acordo com os dados do SAD (Sistema de Alerta de Desmatamento) do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), divulgados hoje. De janeiro a outubro de 2021, a região perdeu 9.742 km² de floresta. Esse é o pior índice registrado em 10 anos.
Só no mês passado, 803 km² de floresta foram desmatados, uma área quase quatro vezes maior do que a cidade de Recife. Essa quantidade de área destruída é a segunda pior da última década. Em outubro de 2020, 890 km² de floresta foram derrubados.
Segundo o pesquisador Antônio Fonseca, do Imazon, para diminuir a degradação da região é necessário que grande parte da floresta seja convertida em áreas protegidas, como terras indígenas, territórios quilombolas e unidades de conservação. "Além disso, é necessário que sejam intensificadas as fiscalizações, principalmente nas áreas críticas. Enquanto houver invasões de florestas públicas por grileiros, com objetivo de obter a posse legalizada dessas áreas, o desmatamento, infelizmente, tende a continuar nesses patamares," disse o pesquisador, em nota.
O Pará aparece no topo do ranking dos estados que mais desmataram, responsável, segundo o Imazon, por 56% da destruição na região em outubro. Foram desmatados 450 km² de área, o que corresponde a quase metade do território da capital, Belém.
O segundo estado que mais desmatou a Amazônia em outubro, segundo dados do SAD, foi o Amazonas. A destruição cresceu 39%, em relação ao mesmo mês de 2020, passando de 76 km² para 106 km².
O SAD foi desenvolvido pelo Imazon para monitorar a floresta. A ferramenta utiliza imagens de satélites com alertas dos locais onde há registro de desmatamento.
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