Janeiro foi o mês mais quente na Amazônia colombiana em uma década
O primeiro mês de 2022 foi o mais quente na Amazônia colombiana na última década, segundo um relatório oficial recebido pela AFP nesta sexta-feira (4).
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, janeiro registrou o "maior número de focos de calor nos últimos 10 anos para os biomas da Amazônia". O fenômeno ocorre, acrescenta a pasta, quando o país passa por uma época de escassez de chuvas.
O fenômeno se deve "às atividades antrópicas, ou seja, às atividades humanas, sendo as mais significativas aquelas associadas às frentes de desmatamento", acrescenta o relatório.
Pelo menos 80% desses "focos de calor" são incêndios florestais, disse um porta-voz do ministério à AFP. A porcentagem restante inclui aquecimentos a óleo, chaminés e fornos industriais.
Até o final de janeiro, a pasta do Meio Ambiente registrou mais de 3.300 focos de calor com altas temperaturas distribuídos nos seis departamentos que compõem a Amazônia colombiana. O mais afetado é Guaviare, com pelo menos 1.300.
Segundo depoimentos colhidos pela AFP em outubro de 2021 na região, camponeses e latifundiários aproveitam a estação seca para incinerar as árvores que cortaram anteriormente para plantar folhas de coca ou abrir pastos.
A Serranía del Chiribiquete, declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco e que possui proteção especial de conservação, é uma das áreas mais afetadas. Também sofre a Reserva Natural Nacional Nukak, um vasto território de floresta habitado pelos últimos povos indígenas nômades contatados da Colômbia.
A Fundação para a Conservação e Desenvolvimento Sustentável, que mantém a sua própria contagem, registou pelo menos 938 incêndios florestais, o número mais elevado para o mês de janeiro desde 2012.
Vídeos compartilhados nas redes sociais por essa ONG, especializada em monitorar o desmatamento, mostram grandes camadas de fumaça e chamas na selva densa.
A Amazônia é a região mais desmatada da Colômbia - 63,7% da destruição florestal está concentrada nesta parte do sensível ecossistema sul-americano compartilhado por nove países.
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