Peixinho-dourado e mais: estes 10 peixes não têm nada de inofensivos
Inofensivos à primeira vista, os peixes-dourados viraram uma das espécies aquáticas que mais ameaçam ecossistemas. Originários de países como China e Japão, passaram a ser vendidos em lojas ao redor do mundo para serem criados em aquários. O problema veio quando começaram a ser soltos na natureza.
Os peixinhos de 5 a 10 cm proliferam-se rapidamente e agora chegam a pelo menos 30 cm de comprimento.
De acordo com uma publicação da revista Scientific American, cerca de 20 mil peixes-dourados foram encontrados vivendo em um lago de médio porte no interior do Canadá. Alguns deles pesavam até 3 kg, uma característica incomum para a espécie.
A anomalia pode estar associada à presença desses animais em lagos artificiais com elevados índices de contaminação.
Capazes de se adaptarem a diferentes habitats, os peixes-dourados também são nocivos à qualidade da água onde vivem, pois remexem os sedimentos do fundo de lagos, liberando fósforo na água, e também arrancam as plantas enquanto se alimentam.
No fim de 2020, relata o jornal The Guardian, autoridades de Minnesota (EUA) removeram ao menos 50.000 peixinhos-dourados das águas locais.
Veja abaixo outras espécies de peixes perigosas:
Peixe-leão
Peçonhento e predador, o peixe-leão passou a ser uma nova ameaça ao ecossistema marinho de Fernando de Noronha (PE). Ele se alimenta de outros peixes e se defende por meio do veneno presente em seus espinhos. Em caso de contato com humanos, as toxinas podem causar dor, febre e convulsões. Ele pode viver em até 100 metros de profundidade e preferencialmente longe da praia, abrigados em corais.
Segundo cientistas da Universidade Estadual de Oregon (EUA), a presença deste peixe em locais do qual não é nativo tem potencial de ser uma das invasões marinhas mais prejudiciais ecologicamente já observadas.
Baiacu
Conhecido por sua capacidade de se inflar quando ameaçado, o baiacu é encontrado em regiões quentes e temperadas ao redor do mundo, especialmente no mar.
Venenoso, o baiacu guarda uma substância altamente tóxica, a tetrodotoxina, que fica concentrada em seus órgãos internos. Se consumido de forma inapropriada, pode levar à morte.
Candiru
Também chamado de peixe-gato, o candiru (Vandellia cirrhosa) é encontrado na região do rio Amazonas. Tem a aparência translúcida, lembra uma enguia e costuma crescer somente até 2,5 cm.
O candiru, no entanto, pode atacar humanos. Quando isso acontece, ele entra na uretra dos banhistas e, uma vez, na passagem do canal, ele ergue os espinhos curtos em suas tampas branquiais, causando inflamação, hemorragia e até a morte da vítima.
Moreia
Um dos peixes mais perigosos do mundo, a moreia é encontrada em todos os mares tropicais e subtropicais, onde vivem em águas rasas entre recifes e rochas e se escondem em fendas. Peixe de boca larga e mandíbulas com dentes fortes e afiados, pode atacar seres humanos quando perturbado.
As moreias servem de alimento em algumas regiões do mundo, mas sua carne pode ser tóxica e causar doenças ou até morte.
Peixe-tigre
São peixes conhecidos por brigar quando são capturados e também pelos seus hábitos ferozmente predadores, além de aparência. A depender da espécie, esse pode ter uma ou várias listras escuras, longitudinais. Trata-se de peixe carnívoro, que se assemelha a um salmão, e que possui dentes em forma de punhal, que se projetam quando a boca é fechada.
O peixe-tigre de três listras é uma espécie comum na África, listrada verticalmente com cerca de 30 cm de comprimento. Tem espinhos afiados em suas tampas branquiais, o que pode ferir um manipulador descuidado.
Piranha
As piranhas possuem um corpo profundo e cabeça grande, com mandíbula forte e dentes triangulares, afiados, que se encontram em uma mordida tipo tesoura.
A mais perigosa da espécie é a piranha-vermelha, que possui mandíbulas mais fortes e os dentes mais afiados. Ela vive em águas rasas e é conhecida por caçar em grupos que podem chegar a mais de 100 piranhas.
As piranhas podem sentir o "cheiro" de uma gota de sangue em 200 litros de água. Também percebem as vibrações dos movimentos de animais feridos, em seu ambiente aquático. É assim que localizam suas presas.
Por vezes, as piranhas ficam perto de suas vítimas, até que elas se acostumem com a sua presença, para então atacá-las. Sua dentição não foi feita para mastigar, e sim para cortar e engolir. Por isso, quando um cardume faminto ataca, a carcaça da presa é devorada rapidamente.
No Brasil, é comumente encontrada a espécie piranha-mapará (na bacia do rio Orinoco e nos afluentes do baixo Amazonas) e a piranha-amarela, espécie nativa do rio São Francisco. Ambas são perigosas para os humanos.
Peixe-pedra
Os peixe-pedra são venenosos e se camuflam em recifes de coral para caçar e se esconder de predadores. O veneno expelido pelos 13 espinhos das escamas do peixe-pedra pode matar um ser humano em duas horas se o socorro não for imediato.
O peixe-pedra geralmente descansa no fundo do oceano, sem se mover, misturando-se quase que exatamente com seu ambiente em forma e cor e, por isso, acaba sendo perigoso. Quando pisado, pode injetar quantidades de veneno por meio de ranhuras em seus espinhos dorsais de barbatanas.
Peixe-elétrico
Comum na Amazônia brasileira e conhecido popularmente como poraquê (Electrophorus electricus), o peixe-elétrico produz um poderoso choque elétrico capaz de matar um cavalo com um choque de mais de 500 volts. Segundo diversos estudos, esse peixe é capaz de produzir até 1500 volts.
Quando eletrocutada, a presa fica atordoada por um tempo suficiente para ser sugada pela boca diretamente para o estômago do animal. Às vezes, o peixe não se preocupa em atordoar a presa, mas em engoli-la o mais rápido possível.
Raia-prego
A raia-prego (Dasyatis centroura) é um animal de grande porte que pode alcançar mais de 3 metros de largura e até 300 kg. Embora possuam um ferrão na base da cauda, não são agressivos.
A espécie só ataca se sentir ameaçada. Segundo especialistas, apesar de incomum, o contato pode ser fatal, já que a ferroada da raia-prego tem potencial de dilacerar a área atingida.
Tubarão-branco
O tubarão-branco (Charcharodon carcharias) tem a fama de ser o mais feroz e agressivo de todos os tubarões. Nas áreas onde são mais comuns, como a costa dos Estados Unidos e México, o sul da África e o Mar Mediterrâneo, são responsáveis por alguns ataques a nadadores, mergulhadores, surfistas e até mesmo pequenos barcos.
O tubarão sabe na primeira mordida se a presa compõe sua dieta e só volta a atacar se for um de seus itens alimentares.
Além da silhueta impressionante, o que mais apavora as pessoas são os três mil dentes triangulares, serrilhados e muito afiados, de 7,5 centímetros de altura, inseridos na arcada em fileiras um pouco inclinadas para dentro. Esse conjunto formidável pode exercer a força de três toneladas por centímetro quadrado numa mordida.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.