Em debate paralelo, PT fala em "censura" a Lula e mira tucano

Carlos Madeiro

Colaboração para o UOL, em Maceió

  • Reprodução/Facebook Fernando Haddad

    9.ago.2018 - PT realiza debate paralelo ao da Band com Fernando Haddad e Manuela D'Ávila

    9.ago.2018 - PT realiza debate paralelo ao da Band com Fernando Haddad e Manuela D'Ávila

Enquanto oito dos 13 candidatos à Presidência da República participavam do primeiro debate da campanha na Band, o PT organizou pela internet um debate paralelo ao evento, na noite desta quinta-feira (9), em que fez críticas ao PSDB e classificou como "censura" o fato de o candidato do partido, Luiz Inácio Lula de Silva, não ter participado.

Lula está preso na superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, onde cumpre pena de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. A Justiça impediu a participação do ex-presidente.

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Com várias inserções de trechos de entrevistas de Lula sobre temas variados --gravados antes de sua prisão--, o debate ao vivo contou com o candidato a vice-presidente Fernando Haddad (PT), a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, a deputada estadual do Rio Grande do Sul, Manuela D'Ávila (PCdoB); e o ex-presidente da Petrobras e coordenador-geral da campanha petista, Sergio Gabrielli.

As críticas de Haddad ao PSDB vieram poucas horas depois de Haddad não descartar a possibilidade de o PT apoiar o PSDB em eventual segundo turno entre o candidato tucano à Presidência, Geraldo Alckmin, e o candidato do PSL, Jair Bolsonaro. "O PT não tem esse preconceito", disse Haddad durante uma sabatina em São Paulo.

Haddad lembra que PT e PSDB já se apoiaram em São Paulo

No debate paralelo, Haddad citou problemas de gestão do governo de São Paulo e ligou Alckmin ao governo do presidente Michel Temer.

"Eles tiveram dois anos para provar que estavam certos e cometeram dois erros: violaram as regras democráticas e implantaram um projeto anti-social do país", disse o ex-prefeito de São Paulo.

O petista também atribuiu ao PSDB a expansão da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) pelo país.

"O presidente Lula mandou constar no plano dele que certos aspectos da segurança vão ser federalizados. De fato, a maior facção cresceu em São Paulo debaixo dos olhos do PSDB e se nacionalizou. Isso é um produto de exportação dos governos do PSDB", disse.

Petistas fazem leitura de carta de Lula

No início do debate-paralelo, Haddad leu uma carta que seria do ex-presidente, em que critica a ausência no debate da noite desta quinta.

"De acordo com o Código Eleitoral, com a Constituição, o candidato, ainda que tenha contestada a candidatura, deve gozar de todos os direitos dos demais candidatos. Não é um favor, é uma prerrogativa legal", disse Haddad ao citar trecho da carta.  

Amoêdo também critica

Além de Lula, o candidato João Amoêdo (Novo) também criticou, pelas redes sociais, o fato de não participar do debate da Band.

Mais cedo, ele fez uma campanha nas redes sociais com a hashtag "#JoãoNaBand". O candidato postou em seguida uma foto com adesivo na boca em protesto pela falta de convite.

Pela lei eleitoral, as emissoras de TV são obrigadas a convidas apenas os candidatos de partidos e coligações que têm ao menos cinco parlamentares no Congresso. Não é o caso do Novo.

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