Análise: Faltou energia do TSE diante de acusações de fraude por Bolsonaro

Gabriela Fujita

Do UOL, em São Paulo

O historiador Luiz Felipe de Alencastro, professor da FGV-SP (Fundação Getúlio Vargas), criticou, em entrevista ao UOL, a postura do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) após declaração do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) de que houve fraude nas urnas.

Na noite de domingo (7), em seu primeiro pronunciamento após a confirmação de que haverá segundo turno na disputa à Presidência, Bolsonaro afirmou que só não venceu no primeiro turno por conta de "problemas em urnas". O deputado federal vai disputar o segundo turno com Fernando Haddad (PT).

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"Recebemos muitas críticas de urnas. Algumas pessoas votavam para governador e se encerrava o voto. Outras apertavam o 1 e aparecia o candidato da esquerda [Haddad]", afirmou em vídeo transmitido ao vivo em seu perfil no Facebook.

Em resposta, a ministra Rosa Weber, presidente do TSE, disse que declarações desse tipo trazem "preocupação", mas devem ser tratadas com "tranquilidade".

Na opinião do professor Alencastro, "faltou energia" diante de uma acusação grave por parte do candidato do PSL.

"Eu acho que houve uma falha do TSE já nessa campanha que foi gritante. Houve as entrevistas feitas ao Bolsonaro e ele ficou em silêncio em plena campanha eleitoral, que eram juridicamente impossíveis, não deviam ter sido feitas. A resposta que a ministra Rosa Weber deu quando o Bolsonaro, ontem à noite, declarou que tinha havido fraude nas urnas é insuficiente", ele critica.

Na avaliação de Alencastro, o TSE deveria ter exigido que o candidato provasse onde ocorreram as fraudes que havia citado. (veja a entrevista no vídeo)

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