Cachoeira é preso em Goiânia após ser condenado a 39 anos e oito meses de detenção
O bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi novamente preso, por volta de 13h desta sexta-feira (7), em Goiânia. Ele estava em sua casa, no condomínio Alphaville Cruzeiro do Sul, também na capital goiana, e foi levado para a sede da Superintendência da Polícia Federal.
O pedido de prisão, expedido pelo juiz Alderico Rocha Santos, da 11ª Vara da Justiça Federal, é referente à operação Monte Carlo, deflagrada em fevereiro e que levou Cachoeira à prisão pela primeira vez. O magistrado o condenou a 39 anos e oito meses de prisão por diversos crimes de corrupção, peculato e formação de quadrilha.
O advogado de Cachoeira, Nabor Bulhões, ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso porque está se informando a respeito do motivo da prisão. O valor da fiança estipulado pelo juiz para que Cachoeira responda em liberdade foi de R$ 10 milhões.
Também foram condenados Lenine Araújo de Souza, primo de Cachoeira e apontado como gerente e contador da organização criminosa, que pegou 24 anos e quatro meses de prisão. Giovani Pereira da Silva, também suposto contador, foi condenado a 13 anos e quatro meses. Ex-vereador em Goiânia, Wladmir Garcêz foi condenado a sete anos. Ele seria o braço político do esquema.
O sargento do Exército e araponga do grupo Idalberto Matias, o Dadá, pegou 19 anos e 3 meses; José Olímpio de Queiroga Neto, operador do esquema de jogos, 23 anos e 4 meses; Raimundo Washington de Sousa Queiroga, também operador de jogos, 12 anos e 8 meses; e Gleyb Ferreira da Cruz, interlocutor com autoridades policiais, 7 anos e 8 meses.
Os condenados podem recorrer. Segundo o superintendente da PF em exercício, Waldemar Thiago Moreira, Cachoeira deve ir para a Penitenciária Odenir Guimarães (POG), em Aparecida de Goiânia. Mas, dependendo da determinação da Justiça, ele ainda pode ir para qualquer outro presídio do País e até mesmo de volta à Papuda, em Brasilia. O casamento de Cachoeira e Andressa estava marcado para 22 de dezembro, em um dos decks do condomínio Alphaville.
Prisão e liberdade
Cachoeira foi preso no dia 29 de fevereiro como resultado da Operação Monte Carlo --que apurou esquema de corrupção e exploração ilegal de jogos no Centro-Oeste-- e só foi solto no dia 20 de novembro, quando caiu a prisão preventiva em relação a outro caso que tramita no Distrito Federal, relacionado à Operação Saint-Michel. Ele foi beneficiado por um alvará de soltura expedido pela 5ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal.
A denúncia da Operação Monte Carlo envolve outras 16 pessoas e é resultado de investigações que resultaram na apreensão de 345 equipamentos (202 em Valparaíso, 101 em Brasília e 42 em Goiânia). As primeiras apreensões foram realizadas nos dias 29 e 30 de julho de 2011. No dia em que foi deflagrada a operação Monte Carlo, em fevereiro deste ano, aconteceram mais cinco apreensões. Outras duas foram feitas no dia 31 de março.
A denúncia é a segunda feita pelo MPF-GO contra o grupo do contraventor. Os 17 denunciados também foram citados na primeira, com base na Operação Saint-Michel, foi apresentada em março deste ano. No total, mais de 80 pessoas --incluindo policiais militares, civis e federais-- foram denunciados por formação de quadrilha armada, corrupção, peculato e violação de sigilo por parte de servidores públicos.
*Com informações da Agência Brasil
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