Cunha volta a afirmar não ter conta no exterior e critica "divulgação seletiva"
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), divulgou uma nota à imprensa nesta sexta-feira (2) na qual voltou a afirmar não possuir contas no exterior.
A afirmação é feita dias após vir a público a investigação do Ministério Público da Suíça sobre contas naquele país atribuídas ao deputado e seus familiares. O processo da Suíça, que investiga suspeitas de lavagem de dinheiro, já foi remetido ao Brasil.
Cunha já havia negado à CPI da Petrobras, em março, possuir contas no exterior.
“O presidente reitera o teor do seu depoimento prestado a CPI da Petrobras de forma espontânea”, diz o texto da nota, enviado pela assessoria de imprensa do deputado. “Refutamos a tentativa contínua de transformar o presidente da Câmara no principal foco da investigação”, diz o texto divulgado nesta sexta.
Veja abaixo a íntegra da nota:
NOTA À IMPRENSA
Com relação às notícias veiculadas acerca de supostas movimentações financeiras no exterior, atribuídas ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, esclarecemos:
1) O presidente desconhece o teor dos fatos veiculados e não tecerá comentários sem ter acesso ao conteúdo real do que vem sendo divulgado. Assim que tiver ciência, por meio de seus advogados, o presidente se manifestará.
2) O presidente reitera o teor do seu depoimento prestado a CPI da Petrobrás de forma espontânea.
3) O presidente reafirma seu posicionamento na nota divulgada no dia 20 de agosto de 2015 onde entre outras observações, destacou:
“Também é muito estranho não ter ainda nenhuma denúncia contra membro do PT ou do governo, detentor de foro privilegiado.”
“À evidência de que essa série de escândalos foi patrocinada pelo PT e seu governo, não seria possível retirar do colo deles e tampouco colocar no colo de quem sempre contestou o PT, os inúmeros ilícitos praticados na Petrobrás.”
4) Diante desses fatos causa muita estranheza a divulgação seletiva de notícias visando unicamente constranger o presidente da Câmara, em contrapartida ao silêncio sobre fatos graves que não foram objeto de divulgação alguma.
Refutamos a tentativa contínua de transformar o presidente da Câmara no principal foco da investigação.
5) O presidente continua absolutamente tranquilo realizando seu trabalho com a mesma lisura e independência, confiando plenamente na isenção e imparcialidade do Supremo Tribunal Federal.
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