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Católico, Temer reforça aceno a religiosos em seu discurso de posse

Do UOL, em São Paulo

12/05/2016 19h18Atualizada em 12/05/2016 19h43

O presidente interino, Michel Temer, usou nesta quinta-feira (12) a religião como tema de encerramento de seu discurso de posse. O peemedebista assume enquanto Dilma Rousseff foi afastada do cargo por até 180 dias para se defender do processo de impeachment.

Falando em governo "fundado de alto critério religioso", Temer lembrou o origem da palavra religião, "do latim religare". "Portanto, quando você é religioso você está fazendo uma religação. O que queremos fazer agora com o Brasil é um ato religioso, um ato de religação de toda a sociedade brasileira com os valores fundamentais do nosso país".

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E finalizou: "peço a Deus que nos abençoe a todos. A mim, aos congressistas, aos membros do Poder Judiciário e ao povo brasileiro para estarmos sempre à altura dos desafios. E aos brasileiros, para que em breve tempo, possamos agradecer a Ele pelo trabalho que, a partir de agora, será feito", disse.

Michel Temer teve uma criação religiosa pela igreja maronita, ramo católico tradicional no Líbano, e se considera atualmente católico apostólico romano. Em 2010, chegou a considerar "grave" a questão de fé com as questões do Estado, ao comentar sobre aborto. Na ocasião, chegou a refirmar o caráter laico do Estado brasileiro.

Neste ano, porém, Temer já começou a abrir diálogo com a chamada bancada BBB --uma referência à "Boi, Bíblia e Bala", temas conservadores defendidos pelos parlamentares. Este grupo foi fundamental na votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara, em abril. Os deputados da ala religiosa cobram interlocução maior com Temer e o apoio dele às suas agendas no Congresso Nacional.

Quando começaram a circular rumores sobre o novo ministério de Temer, um deles causou controvérsia: Marcos Pereira, cotado para a Ciência, foi criticado por ser pastor licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus. Acabou sendo trocado por Gilberto Kassab.  Pereira, porém, permaneceu como ministro da Indústria e Comércio.


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