Em visita à PGR, Bolsonaro não confirma se vai seguir lista tríplice
O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), se encontrou na tarde desta terça-feira (20) com a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, na sede do MPF (Ministério Público Federal), em Brasília.
O encontro durou cerca de uma hora e teve a participação dos futuros ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Justiça, Sergio Moro.
Após o encontro, Bolsonaro declarou ter "profundo respeito" pelo Ministério Público e pela procuradora-geral, mas disse que ainda não está definido se ele vai seguir a indicação da lista tríplice para nomear o futuro procurador-geral.
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"Isso a gente conversa em setembro do ano que vem, mas a princípio a gente vai seguir todas as normas legais existentes", disse o presidente eleito.
Legalmente, não há a exigência de que o presidente da República indique para o cargo um dos três indicados em votação da qual participam os membros do MPF. Mas a lista tem sido utilizada para a escolha do chefe do Ministério Público desde 2003, ano do primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em julho de 2017, o presidente Michel Temer (PMDB) escolheu Raquel Dodge como sucessora de Rodrigo Janot no posto de procuradora-geral da República. Ela foi a segunda mais votada na eleição da ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República). O mais votado da lista tríplice, com 608 votos, foi o subprocurador-geral Nicolao Dino. Raquel recebeu 587 votos.
O mandato de Raquel Dodge à frente da PGR se encerra em setembro de 2019. O presidente poderá escolher reconduzí-la para mais um mandato de dois anos, ou indicar um outro nome para o cargo. Pela Constituição, essa escolha é livre entre membros do MPF.
"Estou aqui em visita de cortesia, pelo profundo respeito que tenho ao Ministério Público e à senhora Raquel Dodge", disse Bolsonaro. "[Foi] uma conversa bastante profícua, estamos prontos para colaborar com o futuro do nosso Brasil", afirmou o futuro presidente.
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