Etchegoyen recomenda que segurança de Bolsonaro e de Mourão seja reforçada
O ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Sergio Etchegoyen, recomendou nesta segunda-feira (3) que a segurança na posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), seja regida por “cautela”.
A posse está marcada para 1º de janeiro de 2019 e contará com diversas cerimônias na Esplanada dos Ministérios ao longo do dia.
Etchegoyen também opinou que, além dos cuidados para a posse, a segurança permanente de Bolsonaro e do vice-presidente eleito, general da reserva do Exército Hamilton Mourão (PRTB), deverá ser reforçada.
O ministro recomendou que questões como efetivo de agentes, visitas recebidas, circulação de pessoas em torno deles e locais a serem visitados sejam revistas.
“[A segurança de Bolsonaro] Exige mais cuidado. Certamente exige. Nós temos um presidente que sofreu atentado [a faca durante a campanha], que vem sofrendo agressões frequentes. Basta ver nas mídias sociais e a quem tem de ser dada garantia, não só a ele, mas também ao vice-presidente das melhores condições de governo", afirmou.
"Certamente a segurança do presidente eleito, da nova administração, exigirá cuidados mais intensos, mais precisos”, disse Etchegoyen.
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O ministro acrescentou que, até 15 dias atrás, o GSI detectou novas ameaças à segurança de Bolsonaro, mas não especificou quais e de quem partiram.
Carro aberto no dia da posse
A utilização de um carro aberto –-tradicionalmente um Rolls-Royce Silver Wraith de 1952– no desfile pela Esplanada na posse também não está certa. O assunto ainda é discutido entre auxiliares de Bolsonaro e os responsáveis pela organização dos eventos de 1º de janeiro.
Há aliados do presidente eleito que avaliam que ele se exporia desnecessariamente no carro aberto.
“Essa decisão [sobre o carro aberto] ainda não foi tomada. Óbvio que a segurança sempre assessora. A decisão é sempre do presidente. Eu presidiria tudo por cautela. Eu recomendaria que todas as medidas tomadas fossem tomadas por cautela”, falou Etchegoyen.
Em 6 de setembro deste ano, durante ato de campanha eleitoral na cidade mineira de Juiz de Fora, Bolsonaro sofreu atentado a faca. Ele foi levado à Santa Casa local e passou por duas cirurgias de emergência.
Bolsonaro hoje utiliza uma bolsa de colostomia por causa dos ferimentos do ataque, que deverá ser retirada em nova cirurgia prevista para janeiro do ano que vem.
As declarações de Etchegoyen foram dadas em evento em comemoração aos 80 anos do GSI, que contou com a presença do presidente Michel Temer (MDB), parte dos ministros do governo e a alta cúpula militar.
O GSI tem status de ministério e é vinculado à Presidência e foi criado em 1938 para assessorar o presidente em questões pertinentes à segurança nacional. O órgão chegou a ser extinto em 2015, mas foi recriado por Temer em maio de 2016, quando assumiu o Planalto após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Bolsonaro anunciou que o sucessor na pasta será o general da reserva do Exército Augusto Heleno, também presente à solenidade no Planalto.
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