Candidato a presidir Câmara, Ramalho visita Bolsonaro e defende reformas

Candidato à presidência da Câmara dos Deputados no próximo mês, o atual vice-presidente da Casa, deputado federal Fábio Ramalho (MDB-MG), visitou o presidente Jair Bolsonaro (PSL) no Palácio do Planalto e defendeu a aprovação de reformas, como a da Previdência.

Ramalho foi o primeiro deputado a ser recebido sozinho por Bolsonaro em audiência no gabinete presidencial desde que tomou posse, na terça passada (1º), além dos filhos Flávio Bolsonaro e Carlos Bolsonaro - senador eleito e vereador do Rio de Janeiro, respectivamente.

O deputado disse que reformas estruturais, como a da Previdência Social, deverão ser "de graça", sem negociações a favor de suas aprovações.

"Não tem toma-lá-dá-cá. [...] Independente e forte, pode ter certeza de que nós vamos dar a maior reforma que o Brasil precisa. É uma reforma talvez até maior do que essa. Uma reforma que beneficie todas as pessoas que estão aposentadas e que vão se aposentar para que possam receber seus dividendos", falou.

Embora o PSL - partido de Bolsonaro - já tenha declarado apoio à reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) à presidência, Ramalho disse que o presidente negou que vá interferir na disputa do Legislativo.

Ramalho então ressaltou que, quando candidato a vice, nenhum partido o apoiou formalmente e todos o subestimaram. Ele agora aposta em uma campanha corpo a corpo e diz contar com os votos de pelo menos dois terços dos deputados com mandato que continuarão na Casa.

"Tenho certeza de que vou ganhar a eleição. Nunca errei, tá? Eu não estou procurando líder de partido nem presidente de partido. O líder ou presidente que quiser tem de vir de graça", afirmou.

O emedebista informou que já está conversando com todos os parlamentares, inclusive do PSL, e não negará eventual apoio de deputados da oposição.

Pé-de-moleque para presidente

Conhecido pelos banquetes de comida mineira ofertados aos colegas, Fábio Ramalho levou uma sacola térmica cheia de quitutes para Jair Bolsonaro. Entre as comidas havia queijo, doce de leite, sorvete de queijo, linguiça, azeite caseiro, manteiga de garrafa e pé-de-moleque. Este último foi degustado durante a reunião e ficou em cima da mesa do gabinete, relatou Ramalho.

Questionado se havia conquistado o apoio do presidente pelo paladar, o deputado disse ser muito amigo de Bolsonaro desde quando este era deputado, mas que o fato não interferirá nas eleições da Câmara.