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Janaina Paschoal critica Fux por acatar pedido de F. Bolsonaro e parar ação

22.jul.2018 - Janaína Paschoal ao lado de Jair Bolsonaro na convenção que o oficializou como candidato do PSL à Presidência - Ricardo Moraes/Reuters
22.jul.2018 - Janaína Paschoal ao lado de Jair Bolsonaro na convenção que o oficializou como candidato do PSL à Presidência Imagem: Ricardo Moraes/Reuters

Do UOL, em São Paulo

17/01/2019 19h28

A deputada estadual eleita por São Paulo, Janaina Paschoal (PSL), criticou nesta quinta-feira (17) a decisão do ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), de suspender a investigação do MPF-RJ (Ministério Público Federal do Rio de Janeiro) sobre as movimentações financeiras de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).

"Respeitosamente, entendo que a decisão do Ministro Fux está equivocada. O precedente que tratou da prerrogativa de foro realmente foi no sentido de que os casos devem ser analisados em concreto; entretanto, os fatos devem ser posteriores ao início do mandato. Não é o caso!", escreveu Paschoal em seu Twitter.

Fux acatou um pedido de Flávio Bolsonaro que alegou ter foro privilegiado --ou seja, só poderia ser julgado pelo STF -- e pediu a anulação das provas obtidas pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).

O ministro determinou nesta quinta a suspensão das investigações, mas não analisou a anulação das provas. A decisão final sobre o caso caberá ao relator da ação no STF, Marco Aurélio Mello, quando ele retornar do recesso judiciário, a partir de 1º de fevereiro.

Em 2017, Bolsonaro criticou foro privilegiado ao lado de Flávio

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Apesar da crítica, Janaína Paschoal é um dos principais nomes do PSL, partido de Flávio e de seu pai, o presidente Jair Bolsonaro.

A advogada e professora da USP, uma das relatoras do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), chegou a ser cogitada para assumir a vice-presidência na chapa de Jair Bolsonaro, mas recusou o convite por motivos pessoais. Janaína optou por se candidatar ao cargo de deputada estadual e foi a mais votada na história do país. A jurista recebeu mais de 2 milhões de votos.