Bolsonaro tem "evolução bastante razoável" e segue com restrição de visitas
O hospital Albert Einstein divulgou na tarde desta terça-feira (29) novo boletim médico sobre a saúde de Jair Bolsonaro (PSL). O presidente segue em um quadro estável, em jejum alimentar e com restrição de visitas. Segundo o porta-voz do Palácio do Planalto, Otávio do Rêgo Barros, ele tem apresentado uma "evolução bastante razoável".
Bolsonaro foi submetido a uma cirurgia de sete horas na segunda-feira (28) para retirada da bolsa de colostomia que ele usava desde setembro do ano passado, quando foi esfaqueado durante um ato de campanha eleitoral.
Segundo o comunicado divulgado pelo hospital e lido pelo porta-voz do Planalto, Bolsonaro continua recebendo analgésicos e hidratação endovenosa e, nesta tarde, já conseguiu ficar sentado em uma poltrona, além de realizar fisioterapia respiratória e motora com bom desempenho.
O boletim é assinado pelo cirurgião Antônio Luiz Macedo, pelo clínico e cardiologista Leandro Echenique e pelo diretor superintendente do Einstein, Dr. Miguel Cendoroglo.
De acordo com o porta-voz do Planalto, "os doutores comentaram que ele tem tido uma evolução muito positiva, melhor do que nas outras cirurgias". Bolsonaro foi submetido a duas operações na semana em que foi esfaqueado em Juiz de Fora (MG).
Pela manhã, o presidente usou as redes sociais para agradecer as orações e o apoio dos seus seguidores e disse que "foram tempos difíceis, consequência de uma tentativa de assassinato".
A primeira-dama, Michele Bolsonaro, e um dos filhos do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ), estão no hospital.
De volta à Presidência
Rêgo Barros afirmou que o presidente já deve reassumir a Presidência nesta quarta, ainda que permaneça em repouso absoluto. O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) ocupa neste momento o cargo de presidente em exercício.
"Está confirmado: a partir da manhã, o presidente reassume a Presidência da República. Tentaremos evitar que esses despachos sejam de maneira rotineira, [para] que ele não se canse", disse. "Já poderá receber ministros a partir de amanhã".
O presidente terá a seu dispor um gabinete no andar onde está internado e deve ficar no hospital por pelo menos dez dias.
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