Bolsonaro recebe alta, deixa hospital e chega ao DF: "volta ao trabalho"
Resumo da notícia
- Presidente sofreu um atentado a faca em 6 de setembro de 2018
- Passou por duas cirurgias no ano passado e colocou uma bolsa de colostomia
- Foi internado para a terceira cirurgia em 27 de janeiro. No dia 28, a bolsa de colostomia foi retirada
- Após pneumonia, febre e náusea, teve alta nesta quarta-feira
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) recebeu alta após quase três semanas internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo. No total, o político ficou internado por 18 dias.
Nas redes sociais, o presidente agradeceu pela recuperação. "Só tenho a agradecer a Deus e a todos por finalmente poder voltar a trabalhar em plena normalidade", declarou.
De acordo com o último boletim médico do hospital, Bolsonaro recebeu alta "com o quadro pulmonar normalizado, sem dor, afebril, com função intestinal restabelecida e dieta leve por via oral".
Bolsonaro foi para o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e decolou para Brasília por volta das 13h, onde pousou por volta de 14h20.
Quando chegar a Brasília, Bolsonaro vai direto para o Palácio da Alvorada, sua residência oficial, segundo a assessoria do presidente. Ele está acompanhado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e de assessores no retorno à capital federal.
Até o momento, não há previsão de compromissos para a tarde, informou.
Ao entrar no salão do Palácio do Planalto em que ocorreu a declaração à imprensa, Rêgo Barros disse que hoje seria uma fala de alegria e boas notícias. Segundo ele, Bolsonaro acordou "extremamente animado" e "ansioso" para retornar para casa e aos trabalhos.
Veja como será a rotina do presidente após a alta, segundo seu porta-voz:
- seguirá para o Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, onde mora com a família;
- foi recomendado pela equipe médica para se manter em repouso pelos próximos dias;
- deverá fazer uma autoavaliação quanto à sua capacidade de promover reuniões, receber ministros e realizar deslocamentos;
- será monitorado pela equipe de médicos, enfermeiros e fisioterapeutas já pertencentes à Presidência, além dos cirurgiões em São Paulo, sem reforço de pessoal;
- a agenda oficial para os próximos dias ainda não foi divulgada e está em aberto;
- é possível que despache do Palácio do Planalto posteriormente.
O porta-voz também aproveitou a oportunidade para esclarecer pontos levantados de como teriam sido as complicações pós-operatórias do presidente:
- a pneumonia não teria sido causada pelo uso de dispositivos hospitalares, mas pela aspiração de conteúdo gástrico, condição que pode ocorrer em situações de íleo paralítico prolongado;
- foi identificado líquido na região do abdômen que foi drenado. Estava com um pouco de sangue, mas sem pus e sem indicação de infecção por bactérias ou vírus. Exames de cultura e de imagem descartaram a ocorrência de fístulas ou outras complicações cirúrgicas;
- em nenhum momento houve suspeita de câncer.
Em 28 de janeiro, Bolsonaro passou por uma cirurgia para retirada da bolsa de colostomia que usava em razão do atentado a faca que sofreu em 6 de setembro durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG).
Para o procedimento --que reconstruiu o trânsito intestinal de Bolsonaro--, ele foi internado um dia antes, 27 de janeiro, e desde então ficou no hospital, onde foi montado um gabinete improvisado para que pudesse despachar, o que passou a fazer dois dias após a cirurgia.
O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.
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