Após prisão de Temer, vizinhos fazem chacota e entram na casa com a PF
No Alto de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, a casa do ex-presidente Michel Temer (MDB) fica em frente a uma praça, chamada Conde de Barcelos, que costuma receber, toda manhã, moradores da região para corridas, pequenas voltas e passeio com cachorros.
Quando souberam da prisão, um senhor, ao lado de seu bulldog francês preto, e a arquiteta Lúcia Carvalho, 56, ficaram em frente à casa, observando a movimentação dos agentes da PF (Polícia Federal). Enquanto o senhor gritava palavras de ordem contra Temer, e seu cachorro o acompanhava em latidos, a arquiteta filmava.
Ela observou, às 11h43, a chegada de três agentes da PF em frente à casa. No caminho, na rua, eles pararam para tirar uma selfie, segundo a arquiteta. "A gente ouviu eles falarem bem alto que eram da Polícia Federal e que iriam fazer busca e apreensão", disse à reportagem.
O senhor e a arquiteta ainda viram a chegada de Luciana Temer, a filha mais velha do ex-presidente, que deixou a mansão dois minutos antes de oito agentes da PF chegarem para cumprir o mandado de busca e de apreensão contra o emedebista.
Um funcionário de uma casa vizinha e a arquiteta foram convidados pela PF a entrar na casa para serem testemunhas da legalidade da busca e apreensão. Antes de a arquiteta entrar, um policial questionou se ela tinha amizade com o morador. Ao responder que não, foi acompanhada para dentro.
"Apresentamos o documento, entramos, mas a família preferiu usar como testemunha os funcionários da casa, para não constranger a mulher e o filho. Então, a gente só entrou, viu aquela bagunça de gente, porque não tinha começado a busca, e fomos dispensados", afirmou Lúcia.
Segundo ela, estavam dentro do local ao menos dois delegados, sendo que um deles se apresentou como Edson Garutti, e um promotor de Justiça. A busca ainda não havia começado a acontecer até o momento da saída de Lúcia da casa, às 12h40. O mandato ainda estava em andamento até 13h45.
A reportagem apurou que Michel Temer foi detido fora de casa, dentro de um carro.
Durante a manhã, dois carros passaram em frente à casa, buzinaram e gritaram palavras como "ladrão", "golpista", "bandido", "safado" e "cadeia".
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