Após rumores, Maia nega que abandonará a reforma da Previdência
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), declarou hoje nas redes sociais que "nunca" vai deixar de defender a reforma da Previdência.
Principal fiador da proposta no Congresso, Maia se manifestou após os atritos com o ministro Sergio Moro, da Justiça e da Segurança Pública, e a prisão do ex-presidente Michel Temer (MDB) e do ex-ministro Moreira Franco, padrasto da esposa do deputado.
No Congresso, a avaliação é a de que diversos episódios recentes deixaram o ambiente mais difícil para aprovação da reforma.
Nesta semana, foi divulgada pelo Ibope uma pesquisa mostrando queda na popularidade do governo Jair Bolsonaro (PSL), e as prisões da Lava Jato de ontem impactaram fortemente o MDB, importante para a aprovação do projeto.
Maia escreveu em seu Twitter uma resposta à deputada estadual de São Paulo, Janaina Paschoal (PSL).
Ela havia perguntado se "quando o Presidente da Câmara ameaça deixar a Reforma da Previdência, pergunto: ele está pensando no Brasil? Se ele gosta do Presidente e de seus filhos não importa. O que importa é que trabalhe pelo que é melhor para o Brasil! O país precisa da Reforma. A questão é matemática!".
Incômodo com o governo
Nos bastidores, Maia demonstrou incômodo com críticas de bolsonaristas. O presidente da Câmara suspendeu a tramitação do chamado "Projeto de Lei Anticrime" defendido por Moro e prioriza a reforma da Previdência.
A estratégia de Maia iniciou uma série rusgas entre ele e o ministro da Justiça e Segurança Pública. Moro disse que o "povo não aguenta mais o crime" e pediu urgência à tramitação, após Maia dizer que o projeto era um "copia e cola".
Durante esta semana, Maia chamou Moro de "funcionário" de Bolsonaro e endossou que a prioridade da Câmara é a reforma da Previdência.
Maia também se irritou com a postura do vereador do Rio de Janeiro e filho do presidente, Carlos Bolsonaro (PSC-RJ).
Ontem, ele fez uma pergunta no seu Instagram "por que o presidente da Câmara anda tão nervoso"?. A postagem aconteceu após a prisão de Moreira Franco, sogro de Maia.
Carlos já havia endossado um posicionamento favorável ao ministro Sérgio Moro (Justiça), com quem Maia se desentendeu nos últimos dias.
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