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Para Bolsonaro, crítica reforça que filho é nome "adequado" para embaixada

Guilherme Mazieiro

Do UOL, em Brasília

15/07/2019 10h55Atualizada em 15/07/2019 21h53

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) fez nova defesa pública para indicação de seu filho e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para o cargo de embaixador nos Estados Unidos. A oposição contesta a sinalização e alega que seria uma forma de nepotismo.

"Por vezes temos tomado decisões que não agradam a todos, como a possibilidade de indicar para a embaixada um filho meu. Se está sendo tão criticado pela mídia é sinal de que é a pessoa adequada", disse em evento no plenário da Câmara.

Após a fala, Bolsonaro foi aplaudido por militares que estão na sessão. Eduardo também esteve presente no evento.

O presidente participa de um evento em homenagem ao comando de operações especiais do Exército. O evento foi organizado pelo líder do governo na Câmara, Major Hugo (PSL-GO). Além de Bolsonaro, estiveram no evento os ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Fernando Azevedo (Defesa), Tereza Cristina (Agricultura).

Na semana passada, Bolsonaro disse que cogita indicar Eduardo ao cargo de embaixador. O anúncio foi feito um dia após o filho completar 35 anos, idade mínima para assumir o posto.

Eduardo cogita assumir a vaga e disse que tem requisitos para assumir a vaga, pois fala inglês e espanhol, e participou de reuniões de Bolsonaro com o presidente dos EUA, Donald Trump. Ele destacou que fez intercâmbio e fritou hambúrguer nos Estados Unidos e conhece o país.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.