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Bolsonaro mostra vídeo de encontro com Trump após discurso na ONU

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) cumprimenta o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, nos Estados Unidos. - Reprodução/Twitter
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) cumprimenta o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, nos Estados Unidos. Imagem: Reprodução/Twitter

Do UOL, em São Paulo

24/09/2019 13h05

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) usou seu perfil no Twitter para mostrar o momento em que encontra com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

No vídeo, eles se cumprimentam e conversam de forma breve antes de o líder dos Estados Unidos se retirar. No entanto, é possível perceber que Trump elogia o discurso feito pelo líder brasileiro na abertura da Assembleia da ONU, que acontece em Nova York.

Na legenda da postagem, Bolsonaro agradece Donald Trump "pela consideração".

Mais cedo, o presidente já havia usado seu perfil na rede social para exaltar seu próprio discurso, afirmando que havia "levado a palavra firme do Brasil" e "dado voz aos verdadeiros anseios" do povo brasileiro.

Discurso na ONU

O presidente disse que a Amazônia permanece "praticamente intocada", negou que o bioma esteja sendo devastado e atacou nações que alega ameaçarem a soberania do Brasil. Bolsonaro também fez críticas diretas aos regimes de Cuba e Venezuela e indiretas ao presidente da França, Emmanuel Macron.

Sem citação nominal, Bolsonaro rebateu as falas de Macron em relação às queimadas na Amazônia. No discurso, afirmou ser um equívoco dizer que a floresta é o pulmão do mundo, frase dita pelo francês no mês passado.

Segundo ele, o governo brasileiro está comprometido com a preservação do meio ambiente e a Amazônia está "praticamente intocada".

"Nossa Amazônia é maior que toda a Europa Ocidental e permanece praticamente intocada. Prova de que somos um dos países que mais protegem o meio ambiente (...) Ela não está sendo devastada e nem consumida pelo fogo, como diz mentirosamente a mídia. Cada um de vocês pode comprovar o que estou falando agora", discursou.

Bolsonaro reservou uma parte de sua fala para dizer que o país sofre com "ataques sensacionalistas" por parte da mídia em relação à questão do meio ambiente e destacou que qualquer iniciativa de ajuda ou apoio deve ser tratada com respeito à soberania brasileira. A fala também foi uma resposta a Macron, que no mês passado falou sobre a opção de internacionalizar a gestão das florestas.

O presidente criticou ainda o líder indígena Raoni, dizendo que pessoas como ele são usadas como "peças de manobra" por governos estrangeiros para avançar seus interesses na Amazônia.

Ataques a Cuba e Venezuela

Bolsonaro critica Cuba e Venezuela, e associa socialismo à corrupção

UOL Notícias

No discurso, Bolsonaro disse que o Brasil trabalha para reconquistar a confiança do mundo e diminuir problemas como desemprego e violência. Ele diz que o país estava "à beira do socialismo" e está sendo reconstruído em seu governo "a partir dos anseios e dos ideais de seu povo".

"Meu país esteve muito próximo do socialismo, o que nos colocou numa situação de corrupção generalizada, grave recessão econômica, altas taxas de criminalidade e de ataques ininterruptos aos valores familiares e religiosos que formam nossas tradições", falou.

O presidente citou a saída de Cuba do programa Mais Médicos, ao qual se referiu como um "verdadeiro trabalho escravo respaldado por entidades de direitos humanos do Brasil e da ONU".

Ele lembrou que boa parte dos médicos deixou o Brasil antes mesmo que ele assumisse o governo e que os que permaneceram no país vão se submeter à qualificação para exercer a profissão.

"Deste modo, nosso país deixou de contribuir com a ditadura cubana, não mais enviando para Havana 300 milhões de dólares todos os anos", falou.

O presidente também falou sobre a situação na Venezuela, dizendo que o país experimenta hoje "a crueldade do socialismo" e que o Brasil sente os impactos disso por causa do alto número de migrantes.

"A Venezuela, outrora um país pujante e democrático, hoje experimenta a crueldade do socialismo. O socialismo está dando certo na Venezuela. Todos estão pobres e sem liberdade", afirmou.