Crivella pede desculpas por comentários sobre juíza: "Espírito carioca"
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, desculpou-se publicamente sobre comentários a respeito da juíza Mirela Erbisti na manhã de hoje (7), enquanto participava de um evento na zona portuária da cidade. Alegando ter feito um "gracejo", Crivella justificou ter utilizado do "espírito carioca" para se referir à magistrada, responsável por determinar a interdição da Avenida Niemeyer em maio deste ano, após um deslizamento que provocou a morte de duas pessoas.
"O prefeito do Rio de Janeiro tem todo respeito pela magistratura. Se, por acaso, em algum momento o espírito carioca... É, o espírito carioca, se a gente fez algum gracejo, eu quero aqui me redimir e pedir que a juíza me desculpe", declarou nesta manhã.
Crivella também voltou a pedir que a juíza da 3ª Vara de Fazenda Pública da Capital reconsidere o pedido para reabrir a avenida.
"Que a gente abra a Niemeyer porque, afinal de contas, são 36 mil automóveis que estão entupindo e já fazem mais de 100 dias. Aquilo que dizíamos se cumpriu, não houve deslizamento", observou. "Então faço esse apelo aqui pedindo desculpas, escusas se por acaso fui deselegante ou descortês", acrescentou.
Na última quinta-feira (3), o prefeito disse que os peritos que produziram o laudo sobre a avenida o fizeram "para agradar à juíza". Ele ainda afirmou que a magistrada utilizava um site na internet para ensinar mulheres a se vestir para "conseguir um namorado".
"A juíza tem seus 40 anos, e ela é muito bonita. Tem uma beleza de parar o trânsito, mas não precisa praticar, né pessoal?", comentou na ocasião.
Desde maio, quando duas pessoas morreram após um deslizamento na encosta da avenida, Mirela Erbisti vem se manifestando contra a reabertura da via.
A declaração do prefeito foi alvo de nota de repúdio do presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Claudio de Mello Tavares. "Ataques pessoais à figura do julgador remetem a tempos obscuros da nossa sociedade. A insatisfação de um governante municipal divulgada na mídia, diante de uma decisão judicial até o presente momento mantida pela instância recursal, consiste em grave ataque à democracia", diz em trecho do texto.
Crivella também utilizou a agenda de hoje para se desculpar com o presidente do TJ, a quem chamou de "uma das figuras mais notáveis e altas da aristocracia jurídica do Brasil."
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