Bolsonaro ironiza 'fritura' de Rêgo Barros e elogia Skaf como 'porta-voz'
Resumo da notícia
- Bolsonaro esteve em agenda em SP com Paulo Skaf, presidente da Fiesp
- Presidente disse que Skaf poderia ser seu porta-voz
- Titular do cargo, Rêgo Barros vem enfrentando desgastes
Em meio a bastidores sobre uma "fritura" do general Otávio Rêgo Barros, porta-voz da Presidência da República, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ironizou a situação e elogiou, nesta manhã, em São Paulo, supostas habilidades do empresário Paulo Skaf para a função.
"O Paulo Skaf já conseguiu um emprego no meu governo: porta-voz. Ele tocou em todos os pontos do meu discurso", disse Bolsonaro em reunião na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), instituição da qual Skaf é presidente.
"Mas eu não estou procurando", retrucou Skaf, sorrindo, sendo captado pelo microfone do presidente.
Rêgo Barros vem enfrentando desgastes na função. Nas últimas semanas, o porta-voz deixou de realizar os chamados "briefings diários" com jornalistas —reuniões transmitidas também pela TV em que transmitia mensagens de Bolsonaro. Ele também não integrou a comitiva presidencial em São Paulo, que teve a presença até de Regina Duarte, que ainda não assumiu formalmente a Secretaria Especial de Cultural.
A agenda de Bolsonaro hoje teve a presença de Abraham Weintraub (Educação), que vem sendo duramente criticado dentro e fora do governo, Ricardo Salles (Meio Ambiente) e Fábio Wajngarten (Comunicação da Presidência). Os três ministros vêm sendo alvo de críticas e acusações no comando das pastas.
Skaf elogia Bolsonaro
Skaf e Bolsonaro trocaram elogios durante reunião aberta à imprensa. O presidente da Fiesp, que já foi três vezes candidato a governador em São Paulo, fez comentários positivos em relação à condução da economia e das reformas promovidas pelo governo Bolsonaro.
"A agenda do senhor e do governo coincidem com a da Fiesp", disse Skaf. Para o presidente da Fiesp, o rumo do Brasil estaria correto sob Bolsonaro, "mas há ainda muitos quilômetros a percorrer".
Entre esses quilômetros estariam o novo pacto federativo e a retomada de obras paradas pelo país. "São agendas importantes para que o crescimento se consolide", disse.
Skaf, que tem surgido ao lado do presidente em eventos e esteve o dia todo com Bolsonaro em São Paulo, diz, contudo, que seu interesse não é político. "Apoiamos o governo pelo Brasil", disse.
O presidente da Fiesp acompanhou Bolsonaro mais cedo no lançamento da pedra fundamental do Colégio Militar de SP, que tem projeto da Fiesp, e, em janeiro, esteve com Bolsonaro em uma inauguração em Santos.
Segundo Skaf, "todos os setores" demonstram otimismo com a economia, que cresce, segundo afirmou, desde agosto.
"Na campanha eu falei que não entendia de economia porque eu sou o técnico e quem entra em campo são os 22 ministros. Entreguei nas mãos do Paulo Guedes, apesar de não concordar sempre com ele. Apesar de não ser amante desse esporte, eu falei pra ele que era contra o imposto da cerveja", disse Bolsonaro.
"É 10 para ele na economia e 7 para mim na política e temos aí 8,5", disse Bolsonaro.
Sobre reformas, Bolsonaro diz que "não dá para querer tudo" e que, em 28 anos de Parlamento, aprendeu que reforma boa é a reforma que é aprovada.
O presidente disse que esteve ontem com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, para discutir a aprovação de reformas.
O almoço de Bolsonaro com empresários foi marcado por forte esquema de segurança organizado pela PM paulista, que isolou protesto marcado pelas centrais sindicais em frente à Fiesp em três bolsões separados.
Parte dos manifestantes estava na avenida Paulista, um outro grupo na alameda Santos e um terceiro na avenida Nove de Julho.
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