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Rosângela Moro deixa cargo não remunerado no governo federal

Rosângela Moro deixou seu posto como integrante titular da sociedade civil no programa Pátria Voluntária - Divulgação
Rosângela Moro deixou seu posto como integrante titular da sociedade civil no programa Pátria Voluntária Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

13/05/2020 07h36

Rosângela Moro, mulher do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro, foi, a pedido, dispensada hoje de seu posto de representante titular da sociedade civil que ocupava no programa Pátria Voluntária, do governo federal.

A portaria que dispensou a esposa do ex-ministro foi publicada hoje no Diário Oficial da União (DOU) e assinada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto.

O programa Pátria Voluntária é coordenado por Michelle Bolsonaro, mulher do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e visa incentivar o trabalho voluntário no país em parceria com o poder público e entidades da sociedade civil.

Logo após a saída conturbada de seu marido do governo, Rosângela Moro fez uma publicação em seu perfil no Instagram dizendo que "não poderia esperar outra atitude" do ex-juiz da Lava Jato e que pedir demissão "era a única [opção] eticamente aceitável".

Sergio Moro pediu demissão do governo Bolsonaro no dia 24 de abril após a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo. Em coletiva, o ex-ministro acusou o presidente de querer interferir indevidamente no órgão.

Errata: este conteúdo foi atualizado
A primeira versão do texto e a chamada na Home Page do UOL não informaram que a dispensa de Rosângela Moro aconteceu a pedido. O erro foi corrigido.
Diferentemente do publicado na legenda da foto, Rosângela Moro é a mulher do ex-ministro Sergio Moro, e não ex-mulher. A informação foi corrigida.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.