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Presidente nacional da OAB critica nota de General Heleno: "Saia de 64"

Felipe Santa Cruz apontou "anacronismo" da declaração do ministro-chefe do GSI - Fernando Moraes/UOL
Felipe Santa Cruz apontou "anacronismo" da declaração do ministro-chefe do GSI Imagem: Fernando Moraes/UOL

Do UOL, em São Paulo

22/05/2020 16h19

Após general Augusto Heleno afirmar hoje que o pedido de apreensão dos celulares do presidente Jair Bolsonaro e de seu filho, Carlos Bolsonaro, pode ter "consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional", o ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) foi alvo de críticas do presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

"As instituições democráticas rechaçam o anacronismo de sua nota. Saia de 64 e tente contribuir com 2020, se puder. Se não puder, #ficaemcasa", escreveu Felipe Santa Cruz no Twitter.

O pedido de apreensão dos celulares faz parte da investigação sobre a suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Polícia Federal. Hoje, o ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), encaminhou uma notícia-crime sobre o caso à PGR (Procuradoria Geral da República).

Em nota, o ministro-chefe do GSI afirmou que o pedido é "inconcebível e, até certo ponto, inacreditável". O ministro considerou que a medida "seria uma afronta à autoridade máxima do Poder Executivo e uma interferência de outro poder na privacidade do presidente da República e na segurança institucional do país".

Cabe agora ao procurador-geral da República, Augusto Aras, analisar a notícia-crime e se manifestar sobre os pedidos. Depois, a decisão final sobre permitir ou não a apreensão dos aparelhos será do ministro.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.