Líder do governo no Senado diz que demitiria Weintraub se fosse presidente
Após virem a público as críticas do ministro da Educação, Abraham Weintraub, durante reunião ministerial de 22 de abril, em que chegou a defender a prisão de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), afirmou que, se fosse presidente, demitiria o ministro "com certeza".
Em entrevista à GloboNews, Bezerra afirmou que entendeu a fala do ministro como "excessiva". "A fala representou uma agressão gratuita, desnecessária, a uma das instituições da república, que é o Supremo Tribunal Federal", disse.
"Eu defendo o trabalho de aproximação do Congresso com o poder Executivo, com o governo federal, a harmonia com o Supremo Tribunal Federal para que a gente possa ter forças junto à sociedade através dessa integração dos três poderes para poder tirar o Brasil da maior crise econômica da sua história", acrescentou.
A gravação da reunião teve o sigilo quebrado pelo ministro do STF Celso de Mello. Ele é o relator de inquérito que visa apurar se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tentou interferir na Polícia Federal, acusação feita pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro.
"Eu percebo que tem muita gente aqui que joga por causa própria. Eu não. Eu vim para lutar pelo povo. Eu luto e me ferro. Eu estou com um monte de processo aqui no Comitê da Presidência. É um absurdo o que está acontecendo aqui no Brasil.
Weintraub defendeu a prisão de ministros do STF. "A gente tá perdendo a luta pela liberdade. É isso que o povo tá gritando. Não tá gritando para ter mais Estado, pra ter mais projetos, pra ter mais... O povo tá gritando por liberdade, ponto. Eu acho que é isso que a gente tá perdendo, tá perdendo mesmo. O povo tá querendo ver o que me trouxe até aqui. Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF. E é isso que me choca", disse.
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