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Bolsonaro dá condecoração militar para Aras e Weintraub

Augusto Aras se manifestou pela rejeição da apreensão do celular do presidente pedida por partidos - Isac Nóbrega/PR
Augusto Aras se manifestou pela rejeição da apreensão do celular do presidente pedida por partidos Imagem: Isac Nóbrega/PR

Do UOL, em São Paulo

29/05/2020 10h40Atualizada em 29/05/2020 14h11

O presidente Jair Bolsonaro condecorou com a Ordem do Mérito Naval o procurador-geral da República, Augusto Aras, e o ministro da Educação, Abraham Weintraub. A medida foi publicada hoje no Diário Oficial da União com a assinatura do presidente e do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva.

Recentemente, Aras se manifestou rejeitando o pedido de apreensão do celular do presidente feito por partidos políticos no inquérito do STF que investiga suposta intervenção de Bolsonaro na Polícia Federal. O procurador também pediu a suspensão do inquérito das fake news.

A PGR também criticou a divulgação do vídeo da reunião ministerial — nela, Weintraub, condecorado, disse que prenderia os ministros do STF, chamando-os de "vagabundos". Nas redes socais, o ministro da Educação comparou a operação de busca e apreensão dentro do inquérito das fake news ao nazismo.

Outros condecorados

Além de Aras e Weintraub, Jorge Oliveira, ministro da Secretaria de Governo, e Marcelo Álvaro Antônio, do Turismo, foram admitidos ao Quadro Suplementar no grau de Grande Oficial.

Senadores e deputados também receberam a honraria, entre eles os bolsonaristas Hélio Lopes (PSL-RJ), conhecido Hélio Bolsonaro, e Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP), um dos investigados no inquérito das fake news, no STF (Supremo Tribunal Federal).

Foram 29 autoridades civis, entre magistrados e embaixadores, admitidos ao quadro. Em outro decreto, Bolsonaro confere a Rogério Marinho, ministro do Desenvolvimento Regional, e a Célio Faria Júnior, assessor-chefe da Assessoria Especial da Presidência, o grau de Grande Oficial.

A Ordem do Mérito Naval é concedida para militares da Marinha, corporações, instituições civis e personalidades que prestaram serviços essenciais para a Marinha brasileira.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.