PT defende saída de Bolsonaro e Mourão e quer novas eleições, diz Gleisi
A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, afirmou hoje que o partido é favorável ao impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e de seu vice, o general Hamilton Mourão (PRTB). Tendo em vista este cenário, ela disse que o partido defende um projeto de emenda constitucional que propõe a realização de eleições.
"Não basta tirar Bolsonaro e deixar o Paulo Guedes [ministro da Economia] com sua política que vai levar o Brasil à quebradeira. Vamos chegar a uma queda no PIB de oito pontos em 2020, a cabeça do Guedes não é a cabeça da nação, é a de uma parcela da população apenas", afirmou a deputada em entrevista aos colunistas do UOL Tales Faria e Thaís Oyama.
Só vamos nos reencontrar com a democracia se o povo decidir seu destino. Tem que sair Bolsonaro e Mourão
Gleisi se esquivou de comentar as eleições presidenciais de 2022 e evitou falar de alianças para o pleito, mas disse que o partido gostaria de ter o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato.
"A capacidade do Ciro [Gomes] é de 10 a 12 pontos percentuais [em uma eleição presidencial]. Ele precisaria do PT? A força do PT que determina isso? Se qualquer liderança precisa da força do PT [para se eleger], então, vocês têm que reconhecer que quem tem força é o PT.", disse quando questionada sobre o pedetista.
Sobre o pedido de impeachment protocolado contra Bolsonaro —movimentação que enfrentava resistência dentro do partido— Gleisi afirmou que aderiu a um "pedido coletivo, que conta com 7 partidos, 400 entidades, uma série de juristas e lideranças".
O texto tem como base as acusações feitas pelo ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro quando deixou o governo de Bolsonaro. Ele afirmou que o presidente tentou interferir na Polícia Federal.
Questionada sobre um paradoxo no pedido, posto que Moro foi quem condenou Lula no caso do tríplex, Gleisi disse que as contradições "do lado deles" têm de ser aproveitadas.
"Entramos com queixa-crime contra Bolsonaro e Moro por prevaricação. Ele viu tudo que Bolsonaro fez e só denunciou um ano e meio depois. Ele participou de diversas daquelas reuniões que a gente viu. Na hora em que ele viu que estava difícil, ele saiu. Confessou um crime e pediu um seguro, isso nunca aconteceu no Brasil.
"Isso [atitude de Moro ao deixar o governo] é corrupção ativa e passiva. Sergio Moro é responsável por Bolsonaro. Sergio Moro processou, prendeu e proibiu Lula de ser candidato e apresentou a delação de [Antonio] Palocci [ex-ministro do governo Lula]. Bolsonaro tem que beijar o chão que Moro pisa."
*Texto de Alex Tajra, Stella Borges e Beatriz Sanz. Produção de Diego Henrique de Carvalho
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