SP terá hoje atos pró e contra Bolsonaro, em diferentes pontos da cidade
Resumo da notícia
- Após acordo com o MP, grupos pró e contra Bolsonaro se manifestam neste domingo em locais diferentes de São Paulo
- Ato contra Bolsonaro se concentrará no Masp, na avenida Paulista, às 14h, e deve terminar às 16h30
- Já o ato pró-governo deve ocorrer entre as 12h e as 18h, no viaduto do Chá, no centro
- Em BSB, há expectativa de manifestações na praça dos Três Poderes
Brasil terá neste domingo manifestações contra e a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Será o terceiro final de semana seguido de atos nas ruas. Em São Paulo, movimentos dos dois lados fecharam um acordo com o Ministério Público para haver um revezamento no uso da avenida Paulista.
Hoje, grupos que se denominam antifacistas e pró-democracia vão se reunir no local. A concentração será em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo) e depois haverá uma caminhada pela região. Os apoiadores de Bolsonaro se reuniram na avenida Paulista na semana passada e desta vez vão se encontrar no viaduto do Chá.
O revezamento ocorre depois de um princípio de confronto ocorrido há três finais de semana na avenida Paulista. Havia integrantes dos dois grupos antagônicos, e a Polícia Militar usou a força contra manifestantes contrários a Bolsonaro sob a alegação de risco de uma briga entre os dois movimentos.
Também está prevista manifestação contra e a favor do governo federal em Brasília. No último domingo ocorreu o mesmo e os grupos foram separados por grades e policiais militares. Não houve confusão.
Na noite de ontem, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), proibiu a circulação de carros e pedestres na Esplanada dos Ministérios, palco de manifestações políticas recentes aos finais de semana.
Esquerda na Paulista
Os grupos autointitulados antifascistas e pró-democracia, que reúnem diferentes movimentos de esquerda, marcaram a manifestação na avenida Paulista, às 14h. Às 15h o grupo sairá em passeata, e a dispersão está prevista para as 16h30.
Participam da organização do ato contra o governo o grupo Somos Democracia, a Frente Povo Sem Medo, o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e a CMP (Central de Movimentos Populares), além de grupos antifascistas das torcidas dos quatro maiores clubes de São Paulo: Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos.
Esses movimentos defendem a saída do presidente e exibem mensagens contra o racismo e o fascismo, além de defender a ampliação de direitos da população.
A organização do movimento voltou a pedir que os manifestantes usem máscaras, higienizem as mãos e procurem manter o distanciamento social, devido à pandemia da covid-19
Direita no viaduto do Chá
Já os três movimentos pró-Bolsonaro, denominados Deus, Pátria e Família, Patriotas do Brasil e Damas de Aço, marcaram sua manifestação no Viaduto do Chá, das 12h às 18h.
O grupo Patriotas do Brasil foi representado por Luís Vallejono no acordo fechado pelo Ministério Público para implementar rodízio de protestos na Paulista na última quarta-feira (10). Ele se identifica como pré-candidato a vereador em São Paulo e usa em sua imagem de apresentação um logotipo do partido Aliança Pelo Brasil (que Bolsonaro tenta regularizar desde que deixou o PSL), mas que não terá registro para as eleições de 2020.
O grupo Damas de Aço é liderado por Raquel Resende, que já fez movimentos em defesa da ditadura militar. Já o grupo Deus, Pátria e Família foi representado na reunião por Mauro Reinaldo Jr, único que postou vídeo em suas redes sociais sobre a manifestação de domingo. Ele afirma que o ato será em defesa do "digníssimo presidente Jair Messias Bolsonaro".
No vídeo para divulgar o ato de hoje, no Viaduto do Chá, Reinaldo diz que a grande manifestação do grupo favorável a Bolsonaro ocorrerá no outro domingo, 21 de junho, na avenida Paulista.
Brasília também receberá protestos
Depois de uma manifestação com algumas dezenas de pessoas contrárias ao presidente neste sábado na região central de Brasília, a expectativa é de uma concentração maior de apoiadores de Bolsonaro na região da praça dos Três Poderes.
As manifestações pró Bolsonaro se repetem em Brasília desde 15 de março, antes mesmo da primeira morte com a crise da covid-19. Desde então, o presidente já encontrou apoiadores em frente à sede do Exército, sobrevoou o público de helicóptero, desceu a rampa do Palácio do Planalto para cumprimentar seguidores e andou a cavalo.
No último final de semana, porém, Bolsonaro aconselhou seus apoiadores a não participar de atos. Ele atribuiu a orientação a possibilidade de confrontos com grupos antagônicos.
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