Em nota, advogada de Bolsonaro tenta desvincular Wassef do presidente
A advogada do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Karina Kufa, divulgou uma nota hoje para a CNN Brasil em que tenta desvincular o advogado Frederick Wassef do chefe do Executivo, após a prisão hoje cedo de Fabrício Queiroz.
No comunicado, Kufa diz que todas as ações contra Bolsonaro — "sejam elas cíveis, eleitorais ou criminais em curso no poder Judiciário, exceto as de competência da AGU (Advocacia-Geral da União)" — estão sob a responsabilidade de seu escritório de advocacia.
"Wassef não presta serviço advocatício em nenhuma ação que seja parte de Bolsonaro e não faz parte do referido escritório", diz a nota.
Em relação à ação penal sobre o atentado sofrido pelo presidente, em 2018, a advogada afirma que Wassef é apenas "parte na condição de assistente de acusação em desfavor de Adélio Bispo".
Na nota, Kufa ainda atribui uma afirmação ao delegado do inquérito, Rodrigo Moraes Fernandes, que disse em maio de 2020 que "embora Wassef se apresente como advogado da vítima, não possui procuração nos autores deste inquérito, sendo que jamais esteve nesta Polícia Federal para consultar investigações e indicar testemunhas".
Frederick Wassef é dono do imóvel onde foi encontrado Fabrício Queiroz. Ex-assessor de Flávio Bolsonaro e policial reformado, Queiroz foi preso na manhã de hoje numa ação conjunta do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) e do MP-SP (Ministério Público de São Paulo).
O advogado Frederick Wassef atuou no caso Adélio Bispo, cujos inquéritos foram encerrados pela Polícia Federal. Sua relação com o presidente é de proximidade. Ele também defende o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no inquérito em que apura suspeita de lavagem de dinheiro e com operação de Queiroz.
Wassef esteve ontem (17) na posse do novo ministro das Comunicações, deputado Fábio Faria (PSD), genro do dono do SBT, Sílvio Santos. Ele foi como "amigo" do presidente, segundo um interlocutor do ministro disse à colunista Mônica Bergamo.
Antes disso, ele também marcou presença na posse de André Mendonça como ministro da Justiça, em abril. Wassef estava no Palácio do Planalto contrariado por duas situações. Primeiro, com a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, de barrar o delegado Alexandre Ramagem para tomar posse como diretor-geral da Polícia Federal. Segundo, com a nota da AGU (Advocacia Geral da União) afirmando que não iria recorrer da decisão.
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